Um dia depois de terem sido conhecidas as declarações polémicas do vice-presidente da bancada parlamentar do PS sobre o pagamento das dívidas portuguesas aos credores internacionais, António José Seguro veio garantir, no Parlamento, que o PS quer «pagar as dívidas» e «honrar os compromissos» do país.
Após a sugestão de Pedro Nuno Santos de ameaçar Alemanha e França com a suspensão do pagamento das dívidas, o líder do PS quis esclarecer o auditório sobre a posição socialista em relação ao cumprimento do programa de assistência financeira.
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O secretário-geral do PS sublinhou mesmo que entre Governo e socialistas não existem diferenças sobre a necessidade de pagar as dívidas e de disciplina orçamental.
Na abertura do debate quinzenal, e após a intervenção inicial do primeiro-ministro, que fez menção à obrigatoriedade de «pagar as dívidas e cumprir os acordos», António José Seguro afirmou que a «divergência» com o Governo não está na «disciplina financeira, na consolidação orçamental ou na necessidade de pagar as dívidas», mas antes na ausência de «pensamento e de propostas» do Governo na Europa.
Pelo contrário, para Seguro, o Governo respondeu à austeridade com «mais austeridade. E se, essa austeridade falhar, o Governo responde com mais austeridade».
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