O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira, em entrevista à RTP, que as medidas tomadas neste novo pacote de austeridade serão suficientes para garantir a descida do défice para 4,6% em 2011.
Em entrevista à RTP, e questionado sobre se pondera aplicar mais medidas com vista a consolidar as contas públicas, José Sócrates foi peremptório: «Com certeza que não. Estou absolutamente convencido de que estas medidas são suficientes para restaurar a credibilidade de Portugal junto dos mercados».
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O primeiro-ministro não tem dúvdias de que estas medidas «são absolutamente indispensáveis, o financiamento da economia estaria em causa».
Sócrates recusou ainda que as medidas saídas do último Conselho de Ministros sejam tardias e frisou que só decidiu tomá-las quando, «no limite», se convenceu não lhe restar outra alternativa, o que não se verificava em Maio quando o executivo avançou com o PEC II.
Sobre o futuro próximo, e a aprovação do Orçamento de Estado, Sócrates disse ter a «maior confiança do que é o sentido de responsabilidade dos partidos da oposição». E se não houver esse acordo? «Já disse o que faria», reiterou o Chefe de Governo, que prometeu abandonar o Executivo caso o documento não passe na Assembleia da República.
«Nem me passa pela cabeça que o Orçamento não seja aprovado», disse, advertindo depois o PSD que a sua posição de «incerteza» face à viabilização da proposta do Executivo é «inimiga da confiança» externa na economia portuguesa.
Entrevistado na residência oficial, dois dias depois de o Governo ter aprovado medidas de combate ao défice, Sócrates recusou revelar o escalonamento dos cortes nos salários da Função Pública, e a partir de que montante será aplicada a taxa de redução de 10%.
Também sobre o salário mínimo, Sócrates decidiu não divulgar as opções do Governo, preferindo primeiro falar com os parceiros sociais. Mas foi avisando que o valor terá de se «adaptar aos novos tempos».
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