Portugal não representa um risco para a Zona Euro, como acontece com a Grécia, porque as autoridades portuguesas estão a tentar conter a crise financeira, diz a Fitch, que há dois meses cortou o rating de Portugal para a classificação de «lixo».
«O Governo lá [Portugal] está empenhado e é credível», afirmou esta quarta-feira o chefe da unidade de dívida soberana da Fitch, David Riley, numa conferência em Nova Iorque, acrescentando que «a economia está altamente endividada, mas eles estão a trabalhar numa operação de troca de dívida por capital».
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O responsável da agência diz que a estratégia do Governo é a «correcta» e que «no curto prazo» a agência não vê Portugal como «um risco significativo para o resto da Zona Euro».
Recorde-se que a Fitch atribui à dívida portuguesa de longo prazo uma nota de «BB+», o equivalente já a um nível de não investimento ou «lixo financeiro». A última vez que a Fitch cortou o rating de Portugal foi em Novembro e, na altura, o corte foi de um nível.
Grécia não irá sair da Zona Euro
Multiplicam-se assim as vozes que distinguem Portugal da Grécia, mas o chefe da unidade de dívida soberana da Fitch também acredita que Atenas irá escapar ao pior: para David Riley, a Grécia não irá abandonar o euro, apesar de estar preocupado com um default desordenado, que faria aumentar o risco de fuga de capitais.
Itália deve apostar no crescimento e não austeridade
Para o especialista da Fitch, a Itália não deve focar a sua economia na austeridade, mas antes deve assegurar o crescimento. «Não achamos que a política de austeridade orçamental é derrotista. Mas mais austeridade [neste caso] não será fiável ou credível. Deve apostar no crescimento da economia».
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