O comissário europeu para os assuntos económicos e monetários Olli Rehn disse esta quinta-feira que a reestruturação da dívida grega não é uma opção neste frágil contexto europeu.
Numa entrevista ao jornal «Die Welt», o ministro das Finanças alemão questionou a capacidade do país em pagar aos seus credores e sugeriu que a Grécia reestruturasse a dívida depois de Junho.
PUB
Com este comentário do ministro foi a primeira vez que a Alemanha pode ter que reestruturar a sua dívida, apesar da ressalva que tal mecanismo só poderia ser usado antes de 2013, se fosse voluntário.
Olli Rehn, em resposta, afirmou peremptório que a «reestruturação não é sequer uma opção». «Estamos empenhados em rever e actualizar as análises à sustentabilidade do nível de dívida grego, o que faremos em conjunto com o FMI, a seu devido tempo».
O comissário europeu apontou ainda que a reestruturação da dívida grega teria um impacto negativo na frágil recuperação económica da Europa, pelo impacto que teria no sector da banca.
«Mais: ninguém deve subestimar o risco de contágio a outras dívidas soberanas», disse ainda Rehn, citado pela Reuters.
Também o FMI veio hoje garantir que a «Grécia vai conseguir» cumprir os preceitos do resgate, a que está sujeita, sem que haja qualquer restruturação da dívida do país.
PUB