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Roubini: Portugal pode vir a reestruturar dívida

Economista acredita que no caso da Grécia «é uma questão de tempo»

Nouriel Roubini disse esta sexta-feira que Portugal poderá vir a reestruturar a dívida soberana e acrescentou que no caso da Grécia será uma questão de tempo.

«A questão na Grécia não é se vai haver uma reestruturação da dívida, mas quando é que vai acontecer», disse, citado pela Bloomberg, o economista que ficou conhecido por ter previsto a crise financeira global.

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«Podemos usar o mesmo argumento para o Governo de Portugal e os bancos irlandeses», acrescentou Roubini numa conferência em Almaty, a maior cidade do Cazaquistão.

Portugal já pagou empréstimo de 4.200 milhões

Isto no dia em que o Estado português pagou um empréstimo de quase 4.200 milhões de euros contraído em 2005 e que vencia esta sexta-feira. A confirmação foi dada pelo Ministério das Finanças.

Passada esta prova de fogo, Portugal tem agora pela frente um reembolso ainda mais doloroso para efectuar aos credores. Junho é o mês fatal: é preciso pagar um empréstimo na ordem dos 4.900 milhões de euros no dia 15 desse mês.

Já na Grécia, o Governo liderado por Georges Papandreou vai anunciar ainda esta sexta-feira novas medidas de austeridade para cumprir as metas do défice de 7,4% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e 3% em 2014.

Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana grega a cinco e dez anos estão hoje a bater novos máximos no mercado secundário, negociando nos 15,383% e 13,285%, respectivamente. Estes novos recordes fazem crescer o receio de que o país possa a vir a reestruturar a dívida.

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«Espanha não é diferente»¿é o país que se segue

O Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, disse na quinta-feira que uma reestruturação da dívida da ona do euro poderia causar uma «reacção em cadeia» no sector bancário e descartou que tal vá suceder na Grécia.

Nouriel Roubini disse também que depois de a Grécia, Irlanda e Portugal terem recorrido à ajuda externa, a Espanha deve ser o país que se segue.

«Quando a Grécia colapsou, disseram que Portugal era diferente. Agora dizem que Espanha é diferente, eu não tenho a certeza que Espanha seja diferente», rematou Roubini.

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