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O presidente da TAP, Fernando Pinto, reconheceu hoje que as "energias" da empresa estão já voltadas para o período agendado de greve, que se inicia a 01 de maio, e não em negociações com os pilotos.
"A partir desta segunda-feira já as nossas energias estão voltadas para a operação no período de greve", admitiu Fernando Pinto, em conferência de imprensa, em Lisboa.
Fernando Pinto afirmou que depois das negociações com os pilotos, que decorreram na semana passada, ainda teve "esperança" de que fosse possível a greve ser desconvocada. No entanto, o " Sindicato garantiu na sexta-feira que não voltaria atrás na greve".
Fernando Pinto negou ainda que a empresa tenha sido intransigente nas negociações com os pilotos, conforme disse à agência Lusa o presidente do Sindicato dos Pilotos.
"Não é uma afirmação correta. Tanto o Governo como a TAP, às vezes conjuntamente, outras vezes separadamente, em vários pontos, em vários itens, nós cedemos. Mostrámos soluções efetivas, obviamente dentro da lei, do que é possível fazer", vincou Fernando Pinto em conferência de imprensa convocada pela transportadora aérea.
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"Não há negociações. O que estamos a ter são conversas informais e onde tanto o Governo como a TAP mantém a irredutibilidade e são completamente inflexíveis", afirmou Manuel dos Santos Cardoso, em entrevista à Lusa.
Só com privatização é possível verificar cumprimento de acordo
Oito sindicatos de trabalhadores da TAP que assinaram um acordo com o Governo em dezembro consideraram hoje que só será possível verificar o seu cumprimento quando a transportadora aérea for privatizada.
"Enquanto a empresa não for privatizada, não podemos saber se o acordo que assinámos vai ser cumprido ou não", disse à agência Lusa André Teives, presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA).
"O acordo assinado em dezembro de 2014 está em vigor, não havendo lugar a incumprimento ou cumprimento do mesmo, sem que haja processo de privatização concluído. Não se coloca essa questão por ser inexistente, neste momento", é afirmado num comunicado emitido pelos oito sindicatos, no final de uma reunião.
"Estes sindicatos pugnaram, pugnam e continuarão a pugnar pela defesa dos postos de trabalho, pelos Acordos de Empresa em vigor e pelos legítimos interesses dos trabalhadores", afirmam no mesmo comunicado.
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