O Governo já comentou, embora pouco, a greve geral que se vive esta quinta-feira em Portugal. O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares afirmou, em nome do Executivo, que o direito à greve é «escrupulosamente» respeitado e que esta greve não é «uma guerra de números». De qualquer modo, insistiu que Portugal só sai da situação em que se encontra com «muito trabalho». As medidas que o Governo está a pôr em prática são necessárias: «Este é o caminho».
«O Governo tem consciência das dificuldades que o país atravessa. As políticas de contenção dos últimos cinco meses» estão a ser seguidas com a «consciência que é com este caminho que é possível Portugal começar a recuperar e ter condições para ultrapassar dificuldades».
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Foi também com «esta consciência que aprovámos o plano de emergência social para os portugueses que precisam e merecem ter apoio do Estado».
Embora questionado sobre os números de adesão à greve, Miguel Relvas preferiu repetir que em causa não está uma «guerra de números». «Respeitamos os portugueses que estão a fazer greve, da mesma forma que respeitados os muitos milhões que também estão a trabalhar».
O Governo insiste que o caminho que o país vai «trilhar nos próximos anos» é um «caminho de reformas», pedindo «sacríficos àqueles que na sociedade portuguesa têm condições para dar esse contributo».
Portugal, lembrou, «teve de solicitar ajuda externa e só ultrapassa as dificuldades com um caminho de rigor e exigência». Daí que, assegurou, «os sacrifícios vão valer a pena no futuro». Só chegaremos a uma melhor situação «com grande empenho, com grande capacidade de trabalho e grau de exigência».
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