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Madeira: trabalhadores dos hotéis em greve no fim de ano

Sem aumentos salariais há dois anos, os funcionários criticam a indisponibilidade de empresários e do governo madeirense para dialogar

O sindicalista referiu que «na TAP se faz a requisição civil e, na hotelaria da Madeira, os empresários, depois de ter sido decretada a greve e contrariando a própria lei, estão a admitir trabalhadores para substituir os possíveis grevistas, o que é um atentado ao direito de quem trabalha».

 O Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria da Madeira anunciou este sábado que se mantém a convocação da greve para 30 e 31 de dezembro e 1 de janeiro, e criticou a indisponibilidade de empresários e do governo madeirense para dialogar.

«Nós estamos disponíveis para conversar e ainda há tempo», disse o dirigente sindical do setor madeirense, Leonel Nunes, em conferência de imprensa. Os trabalhadores do setor estão sem aumentos salariais há dois anos.

O sindicalista salientou que, «nesta fase, vésperas da greve agendada, não houve qualquer interesse por parte dos patrões e das secretarias regionais do Turismo ou dos Recursos Humanos [governo da Madeira] para se sentarem, para se entenderem e tentarem ultrapassar um problema que pode ser, no futuro, o fim da galinha dos ovos de ouro na região [turismo]», cita a Lusa.

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Na Madeira, existem cerca de 5.000 trabalhadores na hotelaria e esta altura do ano é uma das mais importantes para o setor, tendo o governo madeirense perspetivado que a ocupação nas várias unidades, no que é considerado o maior cartaz turístico, o fim de ano, se situa nos 90 por cento.

Leonel Nunes disse que as negociações neste setor «decorrem há um ano». Mas «a resposta dos patrões aos trabalhadores, que estão sem aumentos salariais há dois anos, foi um acréscimo salarial de zero».

O dirigente deste sindicato madeirense considerou que o objetivo das entidades patronais«é um descalabro total e é colocar o contrato [coletivo de trabalho] na estaca zero».

«Pretendem pôr os trabalhadores a fazerem horários de escravidão, sendo possível ir até às 60 horas semanais, e há outros atropelos, prepotências e arrogâncias que o patronato tem vindo a exercer nestes dias»

Os trabalhadores deste setor também querem «sensibilizar os clientes» para as dificuldades que possam vir a enfrentar, pois, caso se concretize a paralisação, «não terão o serviço de qualidade que se exige a quem paga uma visita a esta ilha».

«Era importante que antes da greve as partes se sentassem. O sindicato quer negociar e acha que é possível através do diálogo ultrapassar esta dificuldade e assim deviam pensar os governantes da nossa terra», advertiu Leonel Nunes.

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