A greve dos trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) registou nos últimos dois dias uma adesão superior a 87% e obrigou ao encerramento dos postos de atendimento em Lisboa, Porto e Coimbra. A informação foi divulgada esta sexta-feira pelo sindicato, em comunicado.
“O SINSEF (Sindicato dos Trabalhadores do SEF) considera a greve um êxito retumbante em termos de adesão. Com tal participação nestes dois dias de luta inédita no Serviço fica bem demonstrado o descontentamento quase unânime face às condições de trabalho dos funcionários do SEF.”
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“A principal reivindicação relaciona-se com a reativação da Carreira de Apoio à Fiscalização e Investigação, extinta em 2008, e que colocou o SEF na situação de ser o único serviço de segurança com uma componente de cerca de 50% de atividade não policial sem uma carreira específica e especial que contemple estes funcionários.”
Estes mesmos funcionários do SEF deram já entrada na Provedoria de Justiça de um pedido de inconstitucionalidades da Lei Orgânica, aguardando-se decisão.
Além da reposição da carreira de apoio à investigação e fiscalização, o SINSEF exige também, com a paralisação de dois dias, a extensão da medicina de trabalho a todos os funcionários.
Com esta greve, os trabalhadores dizem pretender “tornar o SEF mais eficaz, num momento particularmente exigente pelo retorno de concessão dos chamados Vistos Gold e maior pressão de pedidos de asilo decorrente do aumento dos fluxos migratórios em toda a Europa”.
“O SINSEF espera agora que a direção do SEF e a tutela tenham tomado consciência da força destes elementos e que deem finalmente respostas às justas reivindicações destes trabalhadores.”,
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