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Ministro: «Fechar metro às 23h não faz sentido»

Em «nenhuma capital europeia» encerra a essa hora

Em dia de greve nos transportes, o ministro da Economia admitiu que fechar o metro às 23:00, tal como consta da proposta de reestruturação do sistema de transportes, «não faz sentido».

Essa é uma medida proposta pelo grupo de trabalho que está a delinear a reestruturação do sistema de transportes públicos, bem como a possibilidade de algumas estações fecharem às 21:00.

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«Nenhuma capital europeia fecha o metro as 11 da noite. À partida, não faz sentido», afirmou Álvaro Santos Pereira à margem da conferência «financeira, transparência e credibilidade dos mercados», organizada pelo jornal «i».

Do Governo surge ainda outra reacção à greve dos transportes: o secretário de Estado dos Transportes veio avisar que a paralisação tem «impacto directo na manutenção dos postos de trabalho».

Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa estiveram em greve entre as 06:00 e as 10:00, em protesto contra as medidas de austeridade e contra o plano de reestruturação dos transportes que prevê fusões de empresas.

Outras empresas do sector alinharam na paralisação: CP, Carris, STCP, Transtejo e Soflusa.

Da parte da CP, a porta-voz da empresa, Ana Portela, adiantou já que a companhia tinha pedido serviços mínimos de 30%, mas que eles não foram decretados.

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A Carris garante, por sua vez, que cerca de 80% dos autocarros estão a circular.

Dívidas das empresas so sector equivalem a três TGV

A reestruturação do sector dos transportes é essencial para salvar as empresas e os postos de trabalho, argumenta ainda o ministro da Economia.

«Se houvesse uma falência, não teríamos transportes. Os postos de trabalho destas empresas, que estão em falência técnica, têm que ser salvos».

As empresas públicas de transportes acumularam 10 mil milhões de dívidas nos últimos 10 anos: «São três TGV», precisou.

O ministro sublinhou ainda que o sector dos transportes vai ser debatido «nos próximos dias» com os elementos da troika que estão em Portugal a fazer a segunda avaliação do programa de ajuda financeira.

Santos Pereira acrescentou que, neste momento, as empresas não se conseguem financiar, o que não acontecia quando foi assinado o memorando. Por isso, «é impossível não haver reestruturação».

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