O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, justificou esta sexta-feira que o Governo não avança para a requisição civil na greve dos pilotos da TAP porque não se verificam as condições do período de Natal e Ano Novo.
"O Governo respeita o direito à greve e não tem em consideração que este período tenha as mesmas condições excecionais do Natal e do Ano Novo [altura em que decorreu a anterior greve] para promover a requisição civil."
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"Uma decisão que lhes diz respeito, mas tem impacto nos trabalhadores da empresa, nas suas famílias, na recuperação da economia e do ambiente de negócios."
Esta quinta-feira, o ministro da Economia, Pires de Lima, confirmou que o Governo não vai decretar a requisiçãocivil, ao contrário do que aconteceu em dezembro.
O tema não foi discutido esta quinta-feira no Conselho de Ministros agora resta apenas ao Governo a esperança de que os pilotos desconvoquem a greve. Hipótese que o Presidente da TAP acredita ser possível, mesmo depois de o sindicato dos pilotos ter afirmado que 90% dos profissionais pretende aderir à greve. . Sérgio Monteiro advertiu, contudo, que "hoje as companhias se não tiverem paz laboral e condições de competitividade não sobrevivem e existem muitos exemplos de como isso pode ser realidade".
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"Há quem ache que as companhias aéreas detidas pelos estados sobrevivem, em qualquer que seja o cenário que enfrentam, em termos de concorrência e de luta laboral, mas isso não é assim. Não foi assim na Bélgica, onde a Sabena faliu, nem na Suíça, onde a Swissair faliu (...)."
"Temos todos de cair na realidade: não podemos vender ilusões aos portugueses, aos clientes da TAP e aos seus trabalhadores. Mais do que o ping-pong sobre acordos que estão escritos, é o momento de pensar no que é essencial: os clientes que vêm a possibilidade de não terem os voos previstos, o impacto económico que a TAP tem no turismo e nos negócios em Portugal e a viabilidade futura da companhia."
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