A CGTP diz que o aumento do défice comercial é «preocupante» e a sua correcção deveria ser uma das prioridades da política económica.
«A CGTP considera preocupante a evolução do comércio externo na primeira metade deste ano», refere a intersindical em comunicado.
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Esta é a reacção da CGTP aos dados divulgados segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, segundo o qual as saídas de bens registaram um aumento de 15,4% face ao homólogo, enquanto que as entradas subiram 13,2%, levando a um agravamento do défice da balança comercial de 436,2 milhões de euros.
Um resultado que, para a estrutura sindical, «reflecte uma elevada fragilidade do sector produtivo».
«O elevado défice da balança comercial constitui um dos principais problemas da economia portuguesa», e por isso devia ser uma das prioridades. «Mas não o tem em sido, sendo antes a redução do défice das contas públicas», critica a CGTP. E a situação é tanto pior quando o Governo conta «sobretudo com as exportações para fazer crescer a economia nos próximos anos». Uma estratégia que a estrutura sindical classifica de «perigosa».
«O crescimento tem de ser também apoiado na procura interna, o que exige que as famílias tenham poder de compra», refere. Nesse campo, a central sindical lembra que as perspectivas não são muito optimistas, tendo em conta que, de acordo com as previsões do Banco de Portugal, as medidas de austeridade farão com que o rendimento disponível real das famílias caia 1,3% este ano e 0,8% em 2011.
Medidas que, para a CGTP, terão «custos económicos pesados com risco de entrada do país num círculo vicioso: quanto mais medidas de austeridade são tomadas para reduzir o défice público mais a confiança baixa, mais a situação económica se deteriora e mais as contas públicas se degradam».
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