As exportações portuguesas dispararam 20% em janeiro, em comparação com o mesmo mês de 2016. O Instituto Nacional de Estatística acaba de divulgar que a subida, em concreto, foi de 19,6%.
Já as importações também aumentaram - e mais do que os bens vendidos ao estrangeiro -, neste caso 22,3%.
PUB
O défice da balança comercial de bens situou-se em 941 milhões de euros em janeiro de 2017, representando um aumento de 252 milhões de euros face ao mês homólogo de 2016".
Se deixarmos de foram os combustíveis e lubrificantes, as exportações cresceram 17,1% e as importações 14,6%. E, nestas contas, a balança comercial atingiu um saldo negativo de 535 milhões de euros, que corresponde a uma redução de 5 milhões de euros em relação a janeiro de 2016.
O que mais exportamos?Em janeiro, todas as grandes categorias económicas tiveram um melhor desempenho do que há um ano. O INE destaca a melhoria nas exportações relacionadas com fornecimentos industriais (16%), material de transporte e acessórios (25%) e combustíveis e lubrificantes (59,7%).
Nas importações, "evidencia-se claramente o aumento verificado nos combustíveis e lubrificantes (+106%)", que é explicado pela importação de óleos brutos de petróleo.
PUB
Quanto às exportações portuguesas de têxteis e vestuário, a ssociação do setor - a ATP - anunciou hoje que aumentaram 6,3% em janeiro face ao mesmo mês de 2016, para 446 milhões de euros.
A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) entende que foi um “excelente arranque” este de 2017: as exportações de matérias-primas têxteis subiram 8,3%, as de vestuário e acessórios 6,4% e as de têxteis lar e outros artigos têxteis confecionados cresceram 2,2%.
Espanha (4%), Alemanha (11%), Itália (16%) e Holanda (15%) foram os mercados comunitários que mais se destacaram pelo maior crescimento absoluto.
Exportações para Angola são as que menos crescemEntre os principais destinos das exportações portuguesas, só os bens vendidos a Itália é que baixaram. Espanha, Alemanha e França são os países onde houve mais aumentos.
Já Angola é agora o destino para onde as exportações menos crescem. Consequência visível disso é ter descido de 6ª para a 8ª posição no ranking dos países de destino dos bens vendidos por Portugal.
PUB
Também Marrocos substitui agora a China, a fechar o top 10.
Espanha | +25,6% |
França | +26,5% |
Alemanha | +52,6% |
Reino Unido | +21,1% |
EUA | +26,2% |
Países Baixos | +21,8% |
Itália | -2,4% |
Angola | +6,9% |
Bélgica | +44,1% |
Marrocos | +21,1% |
PUB
No que toca aos bens comprados lá fora, apenas Espanha (-4,8%) e Itália (-4,1%) apresentaram uma variação negativas nas compras feitas por Portugal.
Os restantes países registaram aumentos, destacando-se, sobretudo, as importações provenientes da Alemanha.
"Face à lista de 2015, os 10 principais países fornecedores em 2016 evidenciam uma alteração nas duas últimas posições, com a saída de Angola e dos Estados Unidos e a entrada, em sua substituição, da Rússia e do Brasil", nota o INE.
Espanha | -4,8% |
Alemanha | +22,6% |
França | +18,5% |
Itália | -4,1% |
Países Baixos | +9,2% |
Reino Unido | +6,6% |
China | +11,5% |
Bélgica | +11,5% |
Rússia | +80,3% |
Brasil | +24,1 |
PUB
Se tivermos por base a comparação com dezembro, as exportações cresceram 8%, "em resultado do aumento registado nas exportações Intra-União Europeia E dado que, nas exportações Extra-UE, se verificou uma redução".
Já com as importações, o cenário foi diferente: comparando com dezembro de 2016, registaram uma diminuição de 2,1%, "devido à evolução das importações provenientes da UE, já que as importações de países fora da UE registaram um aumento", explica o INE.
PUB