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Cada família pagou em média mais 1.415 euros de IRS em 2014 face a 2012, segundo um estudo apresentado esta segunda-feira pelo secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
Na análise relativa às desigualdades e ao empobrecimento dos portugueses, a CGTP conclui que entre 2012 e 2014 as receitas do Imposto sobre o Rendimento sobre Pessoas Singulares (IRS) aumentaram 42%, “retirando às famílias mais de 3.400 milhões de euros”.
“Cada agregado familiar com rendimentos do trabalho e de pensões sujeitos a IRS pagou, em média, mais 1.415 euros em 2014 face a 2012”, destaca a CGTP.
Em 2013, “um em cada quatro” portugueses eram pobres (um total de 2,7 milhões), contando-se entre eles “mais de 576.000 crianças e jovens”. A CGTP explica que “as crianças e os jovens são vítimas das medidas que fizeram aumentar o desemprego e os baixos salários entre os seus pais, tendo sido também afetadas pela diminuição e corte de transferências sociais”.
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“A intensidade da pobreza também aumentou neste período (de 24,1% para 30,3%), o que significa que quem é pobre vive agora com menos recursos do que no passado, ao contrário do que afirma o Governo”, refere a intersindical.
A CGTP destaca ainda que entre 2012 e 2014 “os trabalhadores por conta de outrem tenham tido um acréscimo de trabalho não pago que ultrapassa 3.800 milhões de euros, só por via da redução para metade do pagamento do trabalho extraordinário em 2012 e corte nos dias de férias e feriados a partir de 2013”.
Abono de família, RSI e complemento solidárioNesta análise é ainda dado destaque às reduções nas prestações sociais: “Marca indissociável deste Governo é a retirada do abono de família a mais de 116.000 crianças, do rendimento social de inserção a mais de 126.000 famílias, a retirada do complemento solidário a mais de 36.000 idosos e a negação das prestações de desemprego a mais de metade dos desempregados”, escreve a CGTP.
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