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Centeno garante que Governo tem "a maior urgência em terminar negociação do SIRESP"

Ministro das Finanças quer que Caixa use “todos os mecanismos” para recuperar dívida de Berardo. Fala de margem para descer "legislativamente" os impostos e é contra taxas nas operações multibanco

O Governo tem a “maior urgência” nas negociações relativas ao Serviço Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP). A garantia é dada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, numa entrevista à Renascença.

Na segunda-feira, no debate quinzenal, o primeiro-ministro, questionado sobre a regularização de um divida do Estado à empresa e a aquisição de uma posição maioritária que permita ao Governo controlar o sistema. disse que a negociação estava por horas.

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Agora, Mário Centeno diz que a solução é urgente, mas não quer dar mais informações sobre essa negociação, que considera tão importante como as negociações relativas à Caixa Geral de Depósitos.

Não vou dizer nenhuma palavra sobre negociações em curso e, como sabem, já estive envolvido em negociações muito difíceis e que aliás reputo, modestamente, como das negociações mais importantes para o futuro do país. Esta negociação não tem a negociação da Caixa Geral de Depósitos, mas para mim tem exatamente a mesma importância”, refere.

As negociações já decorrem e o Governo quer terminá-las rapidamente para não pôr em causa o funcionamento na época de fogos deste ano.

“Temos a maior urgência em terminar esta negociação, porque percebemos os interesses da parte privada e da parte pública. O que está em cima da mesa é uma aquisição de uma participação acionista”, afirma o ministro, garantindo que “não há aqui nenhuma vontade, nem desejo, de retirar valor económico a quem investiu e a quem detém a empresa”.

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Ministro quer que Caixa use “todos os mecanismos” para recuperar dívida de Berardo

Ministro das Finanças não desmente ameaça de demissão na crise dos professores, mas garante que o Governo funcionou como um só. E avisa que não pode acontecer outra situação semelhante.

Em reposta a críticas recentes de Cavaco e Marcelo, Mário Centeno lamenta que em Portugal não se valorize “desempenho económico absolutamente extraordinário” do país. Na mesma entrevista, o ministro defende o recurso às cativações e avisa que, no caso do Siresp, o direito das populações à segurança está acima dos interesses dos acionistas

Sobre o tema Joe Berardo, o responsável frisa que "como ministro das Finanças, quero que a Caixa Geral de Depósitos cumpra o mandato que eu lhe dei, que foi bastante claro sobre a gestão da CGD e a valorização do património. Todos queremos, acho, para além de mim que sou ministro das Finanças, que a perda que está infligida em termos contabilísticos e financeiros, aos bancos, em particular à CGD possa ser recuperada. Espero que sejam ativados todos os mecanismos legais que o permitam."

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E sobre a atitude do empresário da Madeira responde que "o sr. primeiro-ministro foi muito claro sobre a avaliação que fazemos e pensamos que a elevação … As empresas e os indivíduos não existem fora do quadro de importância que tem para a sociedade portuguesa. Há um momento em que todos temos que crescer para essa responsabilidade."

“Governo deverá continuar a reduzir legislativamente os impostos”

António Costa já disse que diminuir impostos não é uma prioridade na próxima legislatura, mas Mário Centeno acredita que haverá margem para continuar a reduzir “legislativamente” os impostos e até está no Programa de estabilidade uma previsão de redução dos impostos diretos. O próximo Governo também deve rever os benefícios fiscais.

“Nós temos muitos benefícios fiscais”, diz o ministro na entrevista em que também avisa que é contra taxas nas operações multibanco.

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