A taxa de desemprego fixou-se em 11,9% no segundo trimestre do ano, uma queda de 1,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e de menos dois pontos percentuais, quando comparado com o período homólogo, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística.
É o melhor resultado trimestral desde o último trimestre de 2010, quando a taxa se fixou em 11,1%. Ou seja, números do período pré-troika.
A população desempregada, estimada em 620,4 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 13%, ou seja, menos 92,5 mil desempregados. Comparando com o mesmo trimestre do ano anterior, verificou-se que há menos 108,5 mil pessoas desempregadas.
No terceiro trimestre havia um total de 4.580,8 pessoas empregadas, mais 103,7 mil pessoas que no primeiro trimestre do ano. Em relação ao ano passado, significa mais 66,2 mil pessoas com emprego,
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Segundo o INE, a taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 58,6%, valor superior em 0,1 pontos percentuais ao observado no trimestre anterior e inferior em 0,4 pontos percentuais ao do trimestre homólogo.
O ministro do Emprego, Pedro Mota Soares, considera que o recuo da taxa de desemprego no segundo trimestre do ano “são boas notícias”. E aproveitou para deixar críticas ao PS, dizendo que "não entra em guerras de números":
corrigiu em baixa"Os critérios do INE são exatamente os mesmos que há quatro anos, quando o PS era governo. Quando há uma boa notícia para o país o PS fica azedo e amargo"
Essa revisão em baixa mereceu reações do Governo, com o ministro Pires de Lima a dizer que Portugal regressou, ao fim de quatro anos, à taxa de desemprego que tinha antes da chegada da troika.
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A oposição não gostou do que ouviu: Mariana Mortágua, do BE, afirmou que as estatísticas oficiais do desemprego “não traduzem toda a realidade”, defendendo que os dados reais situam-se nos 25%.
A Comissão de Trabalhadores do INE também reagiu, dizendo que que está a ser feito um “aproveitamento político” dos dados sobre desemprego e alertou para “situações de interpretação abusiva” da informação devido ao aproximar de eleições.
Já esta terça-feira o primeiro-ministro refutou as criticas da comissão de trabalhadores do Instituto Nacional de Estatística e negou qualquer aproveitamento político. “Não me parece que só haja razão para comentar os dados quando eles são maus”, defendeu Pedro Passos Coelho, no Bombarral, recusando qualquer “aproveitamento político" na interpretação dos dados.
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