Atenas vai pagar em junho a totalidade do reembolso ao Fundo Monetário Internacional, de 1,6 mil milhões de euros, ao invés de continuar a fazer os pagamentos fracionados. E já fez o pedido ao FMI, que aceitou, segundo o porta-voz da instituição, Gerry Rice, citado pelo The Guardian.
A Grécia está a tentar “comprar” mais tempo junto dos credores internacionais, numa altura em que ameaça terminar a data limite para o pagamento de 300 milhões de euros de reembolso ao Fundo Monetário Internacional. É já amanhã.
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Esta prática é rara, mas acontece. A última vez que um país pediu ao FMI para fazer o pagamento desta forma foi a Zâmbia, nos anos 70.
Apesar de Cristine Lagarde, diretora-geral do FMI, ter considerado recentemente que a Grécia não poderia fazê-lo, já que pertence aos países desenvolvidos e não aos países subdesenvolvidos, como a Zâmbia, um porta-voz do FMI, William Murray, confirmou que Atenas pode fazê-lo.
Esta quinta-feira Lagarde já disse que confia que a Grécia evitará o incumprimento e fará o pagamento devido ao FMI até sexta-feira à noite.
A responsável considerou também que os credores internacionais mostraram "uma flexibilidade considerável" nas propostas que apresentaram na quarta-feira à noite às autoridades de Atenas.
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