Já fez LIKE no TVI Notícias?

Banco de Portugal quer família Espírito Santo fora do BES

Relacionados

Renúncia de Ricardo Salgado deverá ser formalizada nesta sexta-feira

O Banco de Portugal não quer que os membros do Conselho Superior do BES permaneçam na gestão do banco após a saída de Ricardo Salgado. Segundo avançam o jornal «Expresso», o «Diário Económico» e o «Jornal de Negócios», o Governador do Banco de Portugal esteve reunido com Ricardo Salgado e com os administradores José Maria Ricciardi, Pedro Mosqueira do Amaral e Ricardo Abecassis Espírito Santo, tendo exigido que todos renunciem com o presidente do BES. Ou seja, o governador Carlos Costa não quer que os membros da família Espírito Santo permaneçam no Conselho Superior.

Com a renúncia de Ricardo Salgado, que deverá ser formalizada nesta sexta-feira, terá de ser marcada uma Assembleia Geral para eleger nova equipa de direção do BES, o maior banco privado português.

PUB

A reunião com o Governador do banco de Portugal aconteceu ao final da tarde desta quinta-feira, com caráter de urgência, após ter sido noticiado pelo «Expresso» que os administradores do Banco Espírito Santo não iriam renunciar aos cargos.

A 11 de novembro de 2013, os dois primos emitiram uma declaração conjunta a anunciar um entendimento sobre o processo de sucessão na liderança do grupo. Com esta determinação de Carlos Costa, Ricciardi não poderá suceder ao primo Ricardo Salgado.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) quer que o Banco Espírito Santo (BES) esclareça, antes da abertura da bolsa na sexta-feira, se se confirmam as notícias que apontam para a saída de Ricardo Salgado da liderança do banco.

«A CMVM entende serem necessários esclarecimentos do emitente [BES] antes da reabertura do mercado», adiantou à Lusa fonte oficial do supervisor do mercado português.

PUB

Hoje, a edição online do jornal «Expresso» avançou que a administração do BES, liderada por Ricardo Salgado, vai renunciar ao seu mandato e que poderá haver, já na sexta-feira, uma convocatória de assembleia geral para o efeito.

A TVI tentou apurar junto de fontes oficiais do banco se as informações sobre a saída eminente de Salgado da presidência executiva do BES são verdadeiras, porém, até ao momento, tal não foi possível.

O Grupo Espírito Santo (GES), que detém, entre outros ativos financeiros e não financeiros, o BES e a seguradora Tranquilidade, viveu, no final do ano passado, uma luta de poder e foram mesmo tornadas públicas as desavenças entre Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi, apontado para suceder a Salgado.

Certo é que a saída de Salgado da presidência do banco tem sido tema recorrente na comunicação social, isto, numa altura em que o GES passa por um processo de transformação, de forma a tornar a estrutura mais simples e responder a recomendações do Banco de Portugal.

PUB

Com as alterações, a Rioforte (que detém a área não financeira) deverá passar a ser a holding central do grupo, ficando sob a sua alçada a parte financeira do grupo (BES, BES Investimento e seguradora Tranquilidade, hoje na alçada do Espírito Santo Financial Group), assim como as áreas não financeiras.

O BES concluiu recentemente um aumento de capital, de 1.045 milhões de euros, que foi totalmente subscrito com a procura a superar a oferta, tendo os resultados sido anunciados a 11 de junho. As novas ações começaram a ser negociadas a 17 de junho.

O objetivo da operação foi reforçar os rácios de capital do banco, que será um dos bancos portugueses submetido aos exercícios do Banco Central Europeu (BCE).

PUB

Relacionados

Últimas