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BES vai ser dividido: o «bom» e o «mau»

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O banco vai ser retirado da bolsa. Os acionistas vão ficar com o banco «mau» e terão de assumir perdas. Já o banco «bom» vai ser resgatado pelo fundo da banca

Notícia atualizada

O governador do Banco de Portugal faz uma declaração ao país, às 22:30 deste domingo, para explicar o tipo de intervenção no Banco Espirito Santo.

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A partir de segunda-feira, o banco vai ser retirado da bolsa e dividido em dois: um BES «bom» e um BES «mau».

Os ativos «bons» vão ser colocados no fundo de resolução, que é gerido pelos bancos nacionais e vão receber dinheiro do estado. Os ativos tóxicos vão ficar sob a responsabilidade dos acionistas.

É aqui que ao longo do fim-de-semana têm decorridos intensas negociações entre a ministra das Finanças, supervisores e gestores do banco para o decidir o futuro do BES. Maria Luís interrompeu mesmo as férias para liderar o processo.

A solução pode ser apresentada ainda este domingo e promete mudar de forma radicial o Banco Espírito Santo tal como o conhecemos.

Esta segunda-feira, o BES deverá ser retirado de bolsa e vai ser dividido em dois: um banco «bom» e um banco «mau».

A operação é semelhante àquela que aconteceu com o BPN, só que desta vez são os acionistas a ficar com banco «mau» e, portanto, a assumir as perdas dos ativos tóxicos.

O banco «bom», ou seja, os ativos que têm valor incluindo todos os depósitos dos clientes vão ser colocados no fundo de resolução criado para a recapitalização da banca e que é gerido pelos bancos nacionais.

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É aqui o Estado entra. Como este fundo não tem dinheiro suficiente, vai ser preciso fazer um aumento de capital do BES «bom» recorrendo ao dinheiro que ainda existe da troika. Estima-se que o BES possa precisar de 4 a 5 mil milhões de euros para reforçar os capitais que estão muito debilitados depois da apresentação de prejuízos recorde.

A ideia é conseguir, no prazo de um ano, que o BES «bom», já com outro nome, volte a ser colocado na bolsa e adquirido pelos tais investidores privados.

Esta operação ajudará a pagar o empréstimo feito com os dinheiros públicos.

O Estado é assim forçado a salvar o BES mas de uma forma menos direta e que, em primeiro lugar, penaliza os acionistas do banco - não só a família Espirito Santo ou os franceses do Crédit Agrícole mas também os pequenos acionistas deverão sair lesados.

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