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«Este Orçamento é uma bomba atómica fiscal»

António José Seguro pede «estudos para avaliar impactos» das medidas impostas no Orçamento do Estado de 2013, aprovado na passada madrugada

O secretário-geral do PS classificou esta sexta-feira a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2013 como uma «bomba atómica fiscal».

«Este Governo fez alguma avaliação ou estudo para avaliar os efeitos desta bomba atómica fiscal? Só um primeiro-ministro que não conhece o seu país pode propor um tamanho nível de impostos para tapar os erros da sua competência», disse António José Seguro, durante o debate quinzenal no Parlamento.

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Como resposta, Passos Coelho sublinhou que «Portugal é o único país que viu as suas metas flexiblizadas», uma vez que «vamos adaptando-nos à realidade e não a estudo econométricos».

E rematou: «O senhor deputado diz que vem aí a bomba atómica e que os portugueses vão ter de pagar esse desvio. É verdade. Entendemos que é preciso resolver esse desvio dentro do país, sem pedir mais dinheiro, nem um segundo resgate. Essa é a proposta do PS».

«Essas são as suas palavras, não as do PS», acusou António José Seguro, acrescentando que «o senhor primeiro-ministro conseguiu mais um ano e vai aplicar mais austeridade. Porque o senhor falhou», originando risos da parte de Passos Coelho.

«O senhor pode-se rir mas os portugueses lá fora não aceitam que se esteja a rir quando vão pagar mais 2,5 mil milhões de euros em impostos para pagar os erros da sua política».

«Não me rio das dificuldades a que o país está exposto, mas sim da sua intervenção», respondeu o primeiro-ministro.

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Que esta subida de impostos é um «terramoto fiscal» Bagão Félix também não tem dúvidas: resta saber se é este sismo é um 7 ou um 8 na escala de Richter. Ou seja, está entre o «destruidor» e o «devastador», garante o ex-ministro das finanças.

Função pública: isto é uma «enormidade»

Já os sindicatos da função pública reagem ao aumento do IRS com duas palavras: «insustentável» e uma «enormidade». STE e Frente Comum dizem que a generalidade dos contribuintes fica sem pelo menos metade do seu salário mensal.

A UGT faz notar que o «país é louvado por uma austeridade cega», mas que «será criticado se não atingir os objetivos que se propõe». A CGTP vai mais longe: o Governo está a efetuar um «massacre duplo».

O fiscalista Jaime Carvalho Esteves alerta, por sua vez, que este aumento de impostos vai acentuar a fraude e evasão fiscal.

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