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Função pública exige aumento de 47 euros por trabalhador

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Sindicatos reivindicam ainda a reposição dos cortes salariais e dos subsídios, assim como um aumento do subsídio de refeição

[Notícia atualizada às 17h00 com mais declarações]

Aumentos salariais de 47 euros por trabalhador em 2013. Esta é a proposta da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, apresentada esta terça-feira em conferência de imprensa pela sua coordenadora, Ana Avoila.

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Uma proposta a somar a outras no caderno reivindicativo da Frente Comum, afeta à CGTP: a reposição da parte dos salários que foi cortada em 2011 e 2012, assim como dos subsídios de férias e de Natal este ano.

Uma reposição que, nas palavras de Ana Avoila, os funcionários públicos «não abdicam» e que já tinha sido defendida também pela Frente Sindical, enviada esta manhã ao Governo, no âmbito do processo de negociação geral anual na Administração Pública.

A diferença é que a Frente Sindical, que integra o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, «não está a pedir mais dinheiro para 2013».

«Estamos a pedir para 2013 o que ganhávamos em 2010. É uma proposta razoável e que tem em conta a situação dramática e insustentável da economia. Esperamos que o Governo entenda este caminho», disse aos jornalistas, citado pela Lusa, o presidente do STE, Bettencourt Picanço.

Além disso, ambas as frentes sindicais reclamam um aumento do subsídio de refeição, atualmente nos 4,27 euros.

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A Frente Sindical exige uma subida para os 5 euros, a Frente Comum propõe um aumento para os 6,5 euros.

«Esta é a nossa proposta, que consideramos uma atualização e não um aumento, de acordo com dados do INE (Instituto Nacional de Estatística) que referem que sofremos uma perda de poder de compra de 47 euros, outra coisa é a reposição do que nos tiraram nos últimos dois anos», disse Ana Avoila aos jornalistas.

Neste aspecto, Bettencourt Picanço considera que «não tendo havido qualquer atualização entre 2010 e 2012», o valor atual está «claramente desassustado dos valores atuais dos preços das refeições».

A estrutura filiada na UGT propõe ainda a o descongelamento das valorizações remuneratórias «em consequência de concursos de ingresso e de acesso, bem como as resultantes da avaliação do desempenho».

O presidente do STE aproveitou ainda para apresentar, numa altura em que esta em curso a quinta avaliação da troika ao programa de ajustamento português, algumas alternativas à redução da despesa e aumento da receita.

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Bettencourt Picanço insistiu, a este propósito, no combate à economia paralela e no aumento da cobrança coerciva, que estará, de acordo com as contas do STE, ao valor mais baixo desde 2005.

Já Ana Avoila defendeu a aplicação do vínculo público de nomeação a todos os trabalhadores da Administração Pública e a resolução imediata das situações de precariedade são outras das reivindicações apresentadas no documento da Frente Comum, que será hoje entregue no Ministério das Finanças.

«Existem quase 100 mil trabalhadores precários na Administração Pública em tarefas permanentes. Exigimos a entrada para o quadro dos que têm mais de três anos de funções».

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