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Novos impostos sobre turismo vão levar a mais desemprego no Algarve

Alerta da AHETA

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) alertou hoje para o impacto de eventuais novos impostos no âmbito do anteprojeto de reforma da fiscalidade verde, que poderão levar a mais desemprego na região.

«Numa altura em que o turismo vem dando alguns sinais de recuperação, após muitos anos de estagnação e declínio, anunciar o lançamento de mais impostos sobre o setor é não só contraproducente como uma ameaça à sua competitividade», referiu a associação em comunicado que a Lusa cita.

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A AHETA sublinhou que, «no caso do Algarve, os efeitos ao nível do aumento do desemprego seriam enormes, traduzidos no crescimento exponencial de estabelecimentos encerrados durante a estação baixa».

A associação realça que «não existe uma relação direta entre o desenvolvimento desta atividade [turística] e práticas nocivas para o meio ambiente, que só por si justifiquem penalizar o setor com o lançamento de mais impostos».

Para além disso, a situação atual «não permite fazer refletir estas taxas e estes impostos nos preços finais, pelo que, caso venham a ser aplicados, terão que ser suportados pelas empresas».

Na quarta-feira, a Confederação do Turismo Português (CTP) avisou que a criação de mais impostos como a taxa municipal de ocupação turística ou o imposto sobre o transporte aéreo de passageiros representa uma séria ameaça à competitividade do turismo.

Em comunicado, a CTP disse que as duas medidas constam do anteprojeto de Reforma da Fiscalidade Verde, apresentado recentemente pelo Governo e afetam um setor que é «essencial à recuperação da economia».

O aumento do preço dos combustíveis e da energia, um imposto sobre o transporte aéreo de passageiros e uma taxa sobre os sacos de plástico são algumas das medidas propostas ao Governo pela Comissão para a Reforma da Fiscalidade Verde.

Entre as principais medidas previstas no anteprojeto de reforma que a comissão entregou na quarta-feira ao Governo está a tributação do carbono através de «uma reformulação da estrutura do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (IPS), com a criação de uma componente (adicionamento) calculada com base nos fatores de emissão daquele gás e tendo em conta o valor definido pelo legislador para a sua tonelada».

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