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Schulz: «Devemos dar mais tempo e dinheiro» a Portugal

Presidente do Parlamento Europeu reconhece que portugueses têm feito sacrifícios enormes

O presidente do Parlamento Europeu diz que a União Europeia deve dar mais tempo para Portugal cumprir o défice e também mais dinheiro.

Em declarações ao «Correio da Manhã», e confrontado pelos dados da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), segundo o qual o défice português anda à volta dos 8%, o responsável sublinhou que «Portugal fez um grande esforço, o País fez sacrifícios enormes».

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Para Schulz, «os portugueses demonstraram que estão preparados para fazer tudo por tudo para resolver os problemas do País. Então, se o País precisa de mais tempo, nós devemos dar-lhe mais tempo, se precisa de mais dinheiro, devemos dar mais dinheiro».

Sobre a possibilidade de ser necessária mais ajuda no fim do programa de ajustamento, o presidente do Parlamento Europeu diz ser «difícil prever».

«Mas acredito que Portugal está no bom caminho. O problema de Portugal é o mesmo de Espanha, Itália, Grécia ou de Chipre. Quem paga a fatura? Os cidadãos comuns ou os super-ricos? Acho que os cidadãos comuns em Portugal estão a fazer sacrifícios enormes. Aquilo de que precisamos é, por exemplo, uma taxa sobre as transações financeiras. Há grandes bancos, seguradoras, fundos de investimento que devem contribuir com uma taxa sobre as transações, por exemplo, para a redução da dívida portuguesa. Por isso, mais uma vez, não devem ser apenas os cidadãos comuns a pagar a fatura da crise. Portugal está no bom caminho, mas o fardo deve ser mais justo».

Martin Schulz admite que, na sua última visita a Portugal ficou «preocupado» com o que viu. «As pessoas estão a perder a confiança e a esperança. Confiança nas instituições nacionais e da União Europeia. Aquilo que devemos fazer é criar soluções concretas. É a única forma de reganhar a confiança».

O responsável comentou também o elevado desemprego na Europa. «Temos de melhorar a União. Somos o continente mais rico do Mundo. Mas a distribuição da nossa riqueza não é equitativa nem justa. Haver mais 50% de desemprego jovem é uma vergonha».

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