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Sócrates «ligava de 48 em 48 horas quando queria uma estrada feita»

Ex-secretário de Estado recusa falar em pressões, denunciadas pelo ex-presidente das Estradas de Portugal

O ex-secretário de Estado das Obras Públicas de José Sócrates diz que o ex-primeiro-ministro era capaz de lhe ligar de 48 em 48 horas quando queria que fosse concluída uma estrada, mas considera que não foi pressionado.

Paulo Campos falava na comissão parlamentar de inquérito às Parcerias Público-Privadas, a mesma onde o ex-presidente da Estradas de Portugal, Almerindo Marques, disse que José Sócrates pressionava sempre para se fazer mais e mais obra, identificando Paulo Campos como «intermediário» dessas pressões.

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Questionado pelos deputados sobre as alegadas pressões, Paulo Campos contornou a expressão. «Recordo-me bem de um telefonema que o senhor primeiro-ministro me fez, em que estava ao lado do diretor-geral da Autoeuropa, a negociar uma nova linha para a Autoeuropa, e uma das questões da negociação era a ligação da fábrica a Palmela. E lembro-me perfeitamente de o senhor primeiro-ministro me ligar diretamente da mesa das negociações e me perguntar o que se passava com essa estrada».

«Durante os dois meses seguintes, até que essa estrada estivesse construída e que fosse possível assinar o acordo de Portugal para que essa linha da Autoeuropa viesse para Palmela, lembro-me que o senhor primeiro-ministro me telefonou - não digo todos os dias - mas de 48 em 48 horas para poder checkar», concluiu.

Uma insistência que Paulo Campos recusa classificar como «pressão», preferindo chamar-lhe «uma enorme preocupação do primeiro-ministro em resolver diariamente os assuntos». Chamando aos telefonemas de José Sócrates «contactos para resolver os problemas», reiterou que os mesmos «nunca foram entendidos como pressão».

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