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UGT: Pessoas «têm que dar largas à sua indignação»

Reação do líder da UGT, Carlos Silva, às declarações do primeiro-ministro no debate quinzenal, de que os impostos podem subir caso o TC chumbe medidas

O líder da UGT Carlos Silva alertou esta sexta-feira que poderá surgir uma «enorme conflitualidade social» se o primeiro-ministro aumentar impostos em caso de novos «chumbos» por parte do Tribunal Constitucional (TC).

«Se a penalização para os trabalhadores vier a ser agudizada por mais medidas penalizadoras, nomeadamente aumento de impostos, eu devo dizer que a UGT poderá não ter condições nem capacidade de, a partir dessa altura, refrear os ânimos dos trabalhadores», disse o dirigente sindical, em declarações à agência Lusa.

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«O Governo que se cuide, o país que se prepare, que eu tenho muito tumor que possa, aí sim, de alguma forma começar a crescer, nem sei bem como, uma enorme conflitualidade social e a UGT aí não irá dizer para as pessoas acalmem-se», alertou.

Carlos Silva falava à margem de uma visita à Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, tendo dedicado hoje o dia a desenvolver contactos e visitas a empresas e entidades daquela região alentejana.

O líder da UGT reagia às declarações do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que durante o debate quinzenal, hoje, admitiu a subida de impostos, se as propostas de poupança do lado da despesa voltarem a ser rejeitadas pelos juízes do Palácio Ratton.

«Se vamos assistir a mais cortes eu acho que os portugueses devem de abrir os olhos, abrir bem os seus ouvidos, perceber o que está em causa e se é para serem ainda mais penalizados têm que reagir», defendeu.

Carlos Silva, que garantiu que a UGT não vai «estancar» a reação dos trabalhadores caso os impostos venham a aumentar, defendeu ainda que as pessoas «têm que dar largas à sua indignação».

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O líder da UGT aconselha no entanto o Governo a ¿parar para pensar¿ e ¿respeitar¿ os portugueses nesta altura, em pleno período eleitoral.

«Aquilo que nós temos a dizer é que o Governo, com a saída da ¿troika¿ a 17 de maio, deveria parar para pensar, de alguma forma respeitar os portugueses num momento que sabemos que é eleitoral», disse.

O dirigente sindical fez ainda questão de sublinhar que, se eventualmente o primeiro-ministro vier a aumentar os impostos, «o ónus não é do TC, o ónus é da exclusiva responsabilidade do Governo», acrescentando que a troika também tem as suas responsabilidades neste processo, como reporta a Lusa.

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