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Vítor Bento admite indícios de «eventuais violações de normas legais»

presidente executivo do Banco Espírito Santo revela que indícios serão investigados e denunciados às autoridades

O novo presidente executivo do Banco Espírito Santo (BES), Vítor Bento, que substituiu no cargo o líder histórico, Ricardo Salgado, admitiu esta quarta-feira a existência de indícios de eventuais violações de normas legais, que serão investigados e denunciados às autoridades.

BES com prejuízos de 3,6 mil milhões no primeiro semestre

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«Na medida em que a descrição de alguns dos contributos para esses resultados [relativos ao primeiro semestre] parece indiciar a existência de eventuais violações de normas legais, tais indícios irão ser devidamente investigados e, se for o caso, comunicados às autoridades competentes para os fins legalmente previstos», lê-se num comunicado ao mercado de Vítor Bento.

Num documento estruturado em diversos pontos, o gestor sublinhou que os prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros se ficam a dever a «eventos extraordinários não recorrentes», já que, no que toca à atividade corrente, o BES teria registado um resultado líquido negativo de 255,4 milhões de euros.

«A extensão destes números não pode ser ignorada e requer ações decisivas para construir um futuro de longo prazo», afirmou o gestor.

Daí, além de anunciar que vai avançar imediatamente com um aumento de capital, Vítor Bento revelou também que a nova equipa de gestão «já iniciou a preparação de um Plano Estratégico de Restruturação do banco visando a sua adequação à nova realidade do negócio bancário, nomeadamente em Portugal».

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Este plano prevê ainda «uma avaliação exaustiva dos ativos que seja possível alienar, nomeadamente, mas não só, associados a algumas presenças internacionais que não sejam estratégicas», informou.

O responsável assegurou que «as potenciais alienações serão feitas tendo também em conta a maximização do valor do banco para os seus stakeholders», realçando que «será sempre salvaguardada a eficácia e a qualidade do serviço a que o BES acostumou os seus clientes e que o destaca como um prestador de serviços bancários de elevada qualidade».

E concluiu: «Em suma, apesar de serem tempos difíceis para os stakeholders, estamos totalmente focados em empreender os passos necessários para obter a viabilidade e rentabilidade do BES reafirmando-o como uma referência no futuro».

O BES apresentou hoje os piores resultados semestrais de sempre, assumindo um prejuízo de 3,6 mil milhões de euros entre janeiro e junho.

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