Jerónimo de Sousa disse esta segunda-feira que Portugal deve ver a Irlanda «como um exemplo a não repetir», referindo que deve servir de alerta para o povo português.
«A Irlanda era o país de excelência, promovido pelo neo-liberalismo como o país de sucesso e falhou devido à crise financeira. Tomaram-se as medidas contra os interesses dos trabalhadores e povo irlandês e acabaram por ficar pior», disse à margem de um contacto com os trabalhadores da EMEF, no Barreiro, escreve a Lusa.
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Jerónimo de Sousa referiu que a Irlanda deve ser um «alerta» para o povo português. «Este exemplo devia alertar para resistir a estas medidas porque elas não têm o objectivo de desenvolvimento, crescimento económico, criação de emprego, é apenas para tapar buracos abertos pelo sector financeiro», salientou.
O secretário-geral do PCP defendeu que a Irlanda vive uma situação «dramática» e referiu que o «empréstimo» feito pela União Europeia vai «fustigar os trabalhadores e o povo em nome dos mercados e do capital financeiro».
«Deve ser um exemplo pela negativa, que não deve ser repetido aqui em Portugal. Precisamos de outra política, que acredite nas potencialidades nacionais. Portugal não é pobre, tem potencialidades em vários sectores como indústria, pesca ou agricultura e isso não encontra resposta no Orçamento de Estado», concluiu.
A União Europeia e o FMI responderam favoravelmente ao pedido de ajuda de até 90 mil milhões de euros apresentado pela Irlanda, segundo país da Zona Euro a beneficiar este ano de um plano de auxílio, após a Grécia.
A ajuda à Irlanda é justificada para «salvaguardar a estabilidade financeira da União Europeia e da Zona Euro», declararam, em comunicado, os ministros das Finanças da Zona Euro e de toda a União Europeia, após uma reunião convocada de urgência, na sequência da oficialização do pedido de ajuda por parte de Dublin.
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