Já fez LIKE no TVI Notícias?

Pedir mais tempo à troika? «É como aspirina para pneumonia»

Relacionados

Jerónimo de Sousa acusa Governo de estar «direcionado» para o aumento das medidas de austeridade e não fazer nada de novo

O líder do PCP classificou a avaliação da «troika» a Portugal como a «banalização da ingerência estrangeira» no país e afirmou que pedir mais tempo para cumprir o memorando de entendimento é uma «aspirina» num caso de «pneumonia».

À margem da visita a Guimarães 2012, Jerónimo de Sousa disse que o Governo «está direcionado» para o aumento das medidas de austeridade e "não para resolver os problemas da economia».

PUB

O líder comunista voltou a defender como solução a «rutura» com o «pacto de agressão» que, segundo ele, representa o memorando de entendimento entre o Governo e a «troika» (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), escreve a Lusa.

Numa altura em que a «troika» se prepara para proceder à quinta avaliação da aplicação do memorando de entendimento assinado como Governo português, Jerónimo de Sousa voltou a classificar a «ajuda» como um pacto de agressão.

Solução é como um «paliativo»

«Estamos perante a banalização da ingerência estrangeira que vem não para analisar a situação do país, mas apenas para analisar a concretização das medidas do pacto de agressão que foi subscrito», afirmou.

Para o líder do PCP, «não está em causa a recessão económica» pois, afirmou, «para eles a recessão económica, o desemprego e mesmo os dois problemas fundamentais que foram invocados para a chamada «ajuda», o défice e a dívida, «estão a ser resolvidos».

PUB

Quanto à possibilidade de Portugal pedir mais tempo para atingir os objetivos impostos pelo entendimento com a «troika», Jerónimo de Sousa classificou esta solução como um «paliativo».

«Se tivermos uma pneumonia e nos derem uma aspirina mal não faz mas não cura a infeção. Aqui o problema de fundo continua a ser o pacto de agressão e as medidas que ele contém», explanou.

Questionado sobre se espera mais medidas de austeridade, o secretário-geral do PCP mostrou-se convicto que tais medidas serão tomadas pelo Governo.

«O Governo está direcionado para aí. E tendo em conta a disponibilidade e conluio do Governo português, nós pensamos que na cabeça do Governo estão com certeza mais sacrifícios para os salários, reformas, pensões», disse.

Jerónimo de Sousa voltou a defender como «caminho» a «rutura» com o entendimento conseguido entre Portugal e a «troika».

«Nós já dissemos há um ano que com a aplicação daquele pacto de agressão o país iria para o caminho do afundamento. Não vamos resolver o problema do défice e o país continua a fundar», afirmou.

PUB

Relacionados

Últimas