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Orçamento: JM defende descida de IRC e IRS e subida do IVA

Presidente da Jerónimo Martins defende que próximo Orçamento do Estado «é última oportunidade para reduzir papel do Estado-sorvedouro dos impostos»

Esta é a «última oportunidade». Assim o considera o presidente da Jerónimo Martins que defende que o próximo Orçamento do Estado (OE) é a última saída «para reduzir o papel do Estado-sorvedouro dos impostos». Alexandre Soares dos Santos é a favor do aumento do IVA, mas pede descidas no IRC e IRS.

O Orçamento do Estado para 2011 constitui assim «a última oportunidade» para «combater com seriedade e determinação o problema da despesa pública, designadamente por via da diminuição do número de ministros, secretários de Estado, assessores e adjuntos, dos múltiplos institutos de que se não conhecem o propósito ou a razão de ser».

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Mais: o patrão da Jerónimo Martins defende a redução do IRS e do IRC, o aumento do IVA e a criação de condições para a existência de um mercado mais competitivo e livre, que não dê espaço monopólios, como por exemplo o da EDP e o do Gás Natural, que «só prejudicam os cidadãos e as empresas».

O empresário disse à agência Lusa que «um ano passou e nada aconteceu». O investimento público «não obedece a qualquer estratégia de desenvolvimento, nem a estudos feitos por entidades isentas e competentes». São precisos, diz, «incentivos fiscais ao investimento privado e a atracção de holdings estrangeiras e não afastá-las como actualmente acontece».

«FMI já deve ter bilhetes de avião para Lisboa»

As críticas foram ainda mais longe: «Os partidos políticos estão interessados apenas nas próximas eleições e o Fundo Monetário Internacional já deve ter reservado os bilhetes de avião para Lisboa».

Para o presidente do grupo nacional de distribuição, «a demagogia política é cada vez maior, os impostos atingem limites intoleráveis, o investimento privado é reduzido porque não há confiança e, em breve, teremos o princípio do desinvestimento».

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Soares dos Santos resumiu que «pouco ou nada foi feito para se melhorar as finanças públicas. Apenas se aumentaram os impostos, ao mesmo tempo que se agudizou a dívida nacional para níveis incomportáveis, podendo não estar longe o dia em que não haverá dinheiro nos cofres».

O problema, defende, resolve-se «a trabalhar mais horas e mais a sério, quer no Estado quer na iniciativa privada, de forma a permitir a redução do custo da hora de trabalho, tornando-a mais competitiva».

Também a saúde entrou no discurso do empresário. «Urge reduzir o absentismo, altíssimo em Portugal, e perceber que o Sistema Nacional de Saúde gratuito faz parte do passado, pois o envelhecimento da população e os desenvolvimentos tecnológicos na área da saúde impõem investimentos brutais que não permitem a prestação de um serviço gratuito e competente».

É preciso ainda «atacar a fraude e a corrupção que se propagam no campo do desemprego, das autarquias, do Rendimento Social de Inserção».

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