O euro é «a mais sólida moeda do mundo». É esta a convicção do primeiro-ministro do Luxemburgo e líder do grupo de ministros das Finanças da Zona Euro que quer afastar qualquer receio sobre o futuro da moeda única.
«Nós não estamos a enfrentar uma crise do euro, mas sim uma crise da dívida [soberana] em nações individuais da Zona Euro», disse Jean-Claude Juncker, citado pela Lusa, sublinhando que «a existência do euro e a sua essência não estão em risco».
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Os líderes dos 16 países que usam a moeda única, e que serão 17 a partir de Janeiro, com a entrada da Estónia, concordaram no princípio deste mês alterar os tratados para criar um mecanismo permanente de combate à crise a partir de 2013.
Para já, a Alemanha excluiu a possibilidade de aumentar os 750 mil milhões de euros que compõem o fundo de emergência. E recusou também a ajuda a Portugal ou a Espanha, aumentando os receios dos investidores sobre qual a fórmula que a Europa vai usar para impedir o contágio da crise da dívida soberana a outras economias, para além da Grécia e da Irlanda. Os países da península ibérica têm estado debaixo dos holofotes dos mercados, com os juros da dívida sempre a subir.
Para Juncker, «temos de lutar contra a crise da dívida na Zona Euro». Não é possível «acumular montanhas de défice e de dívida, temos de consolidar as finanças públicas». Só nessa altura é que pode haver «crescimento livre de inflação e criação de empregos».
Juncker reiterou que «ninguém precisa de estar preocupado com o euro».
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