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O governador do Banco de Portugal (BdP) afirmou esta sexta-feira que a autoridade que deve encontrar uma solução para os lesados do Banco Espírito Santo (BES) é a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e não a entidade que dirige.
O Governador reafirma ainda que o pagamento aos lesados do BES não pode vir do Novo Banco.
“O governador do Banco de Portugal fala para os depositantes no sistema bancário, não para os investidores no mercado de capitais”, afirmou Carlos Costa, acrescentando que não tem conhecimento de depositantes a perder dinheiro.
“No papel comercial, estamos a falar de valores mobiliários sob supervisão da autoridade de mercado e desejamos que esta avance com uma solução”, afirmou o mesmo responsável, em resposta a uma questão do deputado socialista Nuno Santos sobre a eventual quebra de confiança dos consumidores no BdP, devido aos investidores lesados no âmbito do BES.
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“Temos sido discretos e assumido com costas largas o que se dirige a nós, mas não podemos fazer nada porque não somos a autoridade com poderes neste domínio”, sublinhou, reforçando que não é responsável pela aplicação do código de valores mobiliários.
“Não estamos perante pessoas que investiram uma única vez”, sublinhou.
No início da audição, o governador referiu que durante os próximos meses do novo mandato, a prioridade é “fechar o dossiê do BES”, incluindo a liquidação deste último e a venda do Novo Banco.
Outro dos objetivos é a produção de um livro branco sobre a supervisão do sistema financeiro.
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