O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros uma linha de crédito no valor de 500 milhões de euros para reforçar a tesouraria das empresas portuguesas com atividade ou que exportam para Angola.
"Atendendo à particularidade da situação que muitos grupos portugueses vivem em Angola, nomeadamente Pequenas e Médias Empresas (PME), o Governo tomou a decisão de operacionalizar uma linha de crédito de apoio à tesouraria e fundo de maneio das empresas com uma dimensão de 500 milhões de euros, com prazo máximo de dois anos e carência de um ano", lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.
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O ministro da Economia, Pires de Lima, explicou que cada empresa pode fazer uma utilização máxima de 1,5 milhões de euros para não ser considerada «uma ajuda de Estado», explicando que o objetivo é dar uma «almofada financeira» para as empresas poderem gerir o período que se vive em Angola, resultante da descida do preço do petróleo.
«Ao ajudarmos as empresas estamos a ajudar, de forma direta ou indireta, a comunidade portuguesa que vive em Angola», destacou o governante, em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros.
Pires de Lima considerou que o montante de 500 milhões de euros é «importante e substancial» para acolher os pedidos das empresas que exportam ou que têm atividade em Angola, admitindo o lançamento de «instrumentos adicionais» em «função da avaliação da situação» no país.
Destacando que 6,5% das exportações nacionais são para Angola, Pires de Lima realçou a necessidade de «dinamizar a procura, se diminuir em Angola, nesta fase económica que o país esta a viver».
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Para aceder à nova linha de crédito, que deverá estar operacional ainda durante o mês de abril, os empresários devem fazê-lo junto da banca comercial.
«Até ao momento não há uma avalanche de regresso nem de fecho da atividade em Angola. Estamos a tomar esta iniciativa de forma proativa para evitar que empresas portuguesas, por uma conjuntura que acreditamos ser circunstancial, não sejam obrigadas a regressar ou a fechar a sua atividade em Angola», declarou.
Já a situação das empresas de construção, acrescentou, «é diferente», porque nesse caso o problema é de falta de mercado.
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