Para o economista Augusto Mateus, a localização não pode ser entendida como o critério-chave para decidir a localização do novo aeroporto de Lisboa, garantiu à Agência Financeira o também consultor do estudo do LNEC.
«Mais importante é criar um aeroporto competitivo, flexível, com capacidade de expansão e com condições de operação», acrescentando ainda que, tendo em conta estes critérios, Alcochete foi a localização que mais foi ao encontro destes critérios.
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Augusto Mateus chamou ainda a atenção de que este deverá ser um «aeroporto europeu, ibérico, nacional e regional e, como tal, é demasiado sério para passar ao lado desta oportunidade».
Portela como reserva
O economista garantiu à AF que o aeroporto da Portela deverá funcionar como uma reserva da cidade de Lisboa.
«Ninguém nos garante que daqui a 70 ou 80 anos, depois de resolvidas algumas questões, como é o caso do ruído, os aeroportos não voltem a funcionar no centro das cidades», refere.
Governo terá de definir regras
Para Augusto Mateus é urgente o Governo decidir o que quer fazer em relação à ANA. No entender do economista, o Executivo poderá optar por privatizar a empresa ou concessioná-la. «O Governo tem de dizer quais são as regras do jogo e se quer chamar ou não o sector privado», esclarece à Agência Financeira.
«Poderá optar por juntar as duas componentes. Do público aproveita o interesse geral e do privado a eficiência», conclui.
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