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Manuel Fernando Espírito Santo, que foi vice-presidente da ES Resources até 2005 e presidiu à sociedade Rio Forte, admitiu, esta terça-feira, que assinou de cruz «muitos documentos» do Grupo Espírito Santo. Na comissão de inquérito ao BES/GES, indicou que Ricardo Salgado «sempre» mereceu «confiança» e colocou-se ao lado do ex-presidente do BES no atirar de responsabilidades para o contabilista que está no olho do furacão de toda a história.
«Assinei muitos documentos à base da confiança»
Antes, na primeira ronda, embora reconhecendo as «críticas relevantes a Ricardo Salgado desde setembro de 2013», defendeu o ex-presidente do BES, ao dizer que quando Salgado se apercebeu dos problemas nas contas da ESI, «logo apresentou soluções e problemas».
«O conselho superior confiou nele».«Mereceu sempre confiança (...) sempre fora capaz de superar todas as dificuldades que foram surgindo».
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comissaire aux comptes«Sempre nos foi dito que não era necessário, pelo próprio comissaire aux comptes, que não era preciso consolidar as contas da ESI», a Espírito Santo Internacional.
«Tivemos muita dificuldade em obter informação. Houve um historial que foi perdido» (...) «Ele tratava das contas, por isso ele sabia de muita coisa»
«Na ESI eu era um entre 16 administrações». Tinha «noção de que o problema de endividamento da ESI «se vinha avolumando dede 2008», mas não que «tal endividamento fosse tão elevado, quando no final de 2013 veio a revelar-se» assim. «Nunca tive qualquer informação até ao início de 2014 que as contas da ESI não refletissem a realidade da empresa. Acreditei na reestruturação».
«Face à tomada de consciência do sobreendividamento, finais de 2013» foi decidida a reestruturação de todo o grupo, com um plano de reestruturação, «onde a Rio Forte passa a cabeça do grupo», estando previsto um aumento de capital de 700 milhões a 1 bilião de euros e a «alienação da totalidade dos ativos ate 2016, de forma a assegurar desalavancagem do grupo», continuou. E, em relação a isto, assegurou, o supervisor da banca estava a par:
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«Tanto quanto me foi dito, processo estava a ser acompanhado pelo BdP».
«Acreditei que a Rio Forte era a solução para salvar o grupo. Tinha as contas auditavas, em termos de governance tinha tudo o que era necessário e o plano de reestruturação previa o aumento de capital (...). Acreditámos seriamente no aumento de capital»
A noção do elevado endividamento do grupo, como um todo, já vinha de muito antes, admitiu, mas a crise financeira internacional foi apontada pelo ex-administrador do GES como um fator de agravamento. «Infelizmente, fomos apanhados na crise de 2008 e isso dificultou-nos bastante a venda de ativos, mas havia uma estratégia muito clara desde 2006, para vender ativos não financeiros».
OS PRINCIPAIS TÓPICOS DA INTERVENÇÃO DE MANUEL FERNANDO ESPÍRITO SANTO
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