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Monti: culpa da crise no euro é dos 2 grandes da UE

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Mário Monti afirmou que «a Alemanha e a França são parcialmente responsáveis pela crise na zona euro por terem agido como pais irresponsáveis durante a infância da moeda comum europeia»

O primeiro-ministro italiano disse esta quarta-feira, em visita ao Japão, que os dois maiores países da Zona Euro, não respeitaram, no início do euro, as regras fiscais, abrindo caminho às derrapagens que conduziram à atual crise: «A história remonta a 2003, quando o euro era ainda um bebé, quando a Alemanha e a França eram laxistas em relação aos défices públicos e às dívidas», afirmou.

Mário Monti substituiu Silvio Berlusconi em meados de novembro para tentar recuperar aquela que é a terceira maior economia da Zona Euro. O tecnocrata acrescentou que, na época, o Conselho Europeu (CE) decidiu não penalizar Berlim e Paris por ultrapassarem o limite do défice não tendo sido sancionados: «O CE então presidido pela Itália , afirmou que contrariamente à proposta da Comissão Europeia, a Alemanha e a França não seriam incomodadas, apesar de os seus défices ultrapassarem 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB)».

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Mário Monti era o comissário europeu da concorrência: «Claro que, se o pai e a mãe da Zona Euro violam as regras, não se pode esperar (que países como) a Grécia as respeitem», acrescentou.

O primeiro-ministro italino disse ainda que estava confiante sobre um eventual reforço do fundo de estabilização financeira e que esta é «a altura de tomar uma decisão definitiva e adequada relativamente às salvaguardas».

Em relação a Espanha, o primeiro-ministro italiano disse estar menos preocupado com a recente subida das taxas de juro dos títulos do tesouro espanhóis: «A Espanha está evidentemente na via de uma consolidação orçamental». E falou da preocupação da UE em relação a nuestros hermanos, considerando que um «contágio a outros países não partirá, certamente, de Espanha» e espera «que o contágio pertença ao passado, agora que a disciplina é respeitada pela maioria dos Estados-membros e que as salvaguardas estão a ser reforçadas».

A visita de Mário Monti a Tóquio insere-se numa digressão pela Ásia que se irá estender à Coreia do Sul, China e Cazaquistão para mostrar uma «nova Itália», menos burocrática e mais aberta ao investimento estrangeiro.

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