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O presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, João Palmeiro, apelou esta terça-feira a que "deixem morrer em paz a lei de 1975", referindo que "o melhor" era não haver qualquer Lei de cobertura jornalística das eleições.
"Deixem morrer em paz a lei de 75 [sobre tratamento jornalístico das candidaturas] e todos em conjunto somos capazes de produzir aquilo que é melhor para os leitores", disse João Palmeiro, na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi hoje ouvido.
Também a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Sofia Branco, defende que a atual lei de tratamento jornalístico de candidaturas devia ser "pura e simplesmente revogada".
"Não vemos necessidade, absolutamente nenhuma, na revisão de uma lei. Nós queríamos que esta lei [de 1975] fosse pura e simplesmente revogada", disse Sofia Branco, na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi ouvida.
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Motivos pelos quais "não há necessidade de haver leis que determinem regras jornalísticas para cobertura de eleições, referendos ou campanhas", ou outras matérias.
"Já percebemos que a tendência não é revogar a lei, como gostaríamos. Esperamos que isso ainda seja possível, não sendo, consideramos absolutamente fundamental destacar que uma eventual revisão não pode colidir com o que está na Constituição, nem violar o princípio fundamental da liberdade de imprensa", afirmou.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas disse ainda que qualquer um dos projetos de lei apresentados, um pela maioria PSD/CDS-PP e outro pelo PS, "mantêm ingerência em algo que é determinado pela prática e pela autorregulação e impõem condições inaceitáveis ao exercício da liberdade e da autonomia editoriais".
"O que existe basta, não vemos necessidade de introduzir nova legislação", reforçou, lembrando que já cabe aos órgãos de comunicação social assegurar uma cobertura plural e de igualdade.
"Eu preferia, por uma questão de cautela, que, nesta matéria, a ter de se escolher apenas um regulador, que fosse a CNE (Comissão Nacional de Eleições)", disse José Faustino, à margem da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi hoje ouvido.
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