Os accionistas da Oi parecem satisfeitos com o acordo atingido com a Portugal Telecom. Caso a operação se concretize, a Oi assumirá um percentual de 10% no capital da operadora portuguesa, enquanto a Portugal Telecom irá adquirir por, no máximo 22,38% da brasileira.
«A Oi permanecerá privada e nacional, sob o controle dos grupos Andrade Gutierrez e Jereissati, por meio de suas subsidiárias AG Telecom e LF Tel, e da Fundação Atlântico», refere a Oi em comunicado.
PUB
Já para o presidente da Telemar Participações, holding que controla o grupo Oi, a operação permitirá à empresa brasileira «ampliar a sua capacidade de investimento e de expansão nacional e internacional». Pedro Jereissati sublinha ainda que assim, se mantém «o controle da empresa em mãos brasileiras».
Já para o presidente da holding Andrade Gutierrez (também accionista da Oi), Otávio Azevedo, «trata-se de uma aliança industrial que dará à Oi a capacidade de desenvolver um projecto de telecomunicações de projecção global».
A Oi explica no comunicado que «as duas empresas irão desenvolver estratégias de cooperação para ampliar sua presença internacional, com foco específico na América Latina e na África; alcançar benefícios de escala; e potencializar iniciativas de pesquisa e desenvolvimento».
Destaque especial será atribuído ao Plano Nacional de Banda Larga em desenvolvimento no Brasil, «uma fonte importante de oportunidades para o crescimento da Oi. Para isso, contará a partir de agora com a expertise da Portugal Telecom, uma referência mundial na área de redes de acesso de nova geração. A Portugal Telecom contribuiu decisivamente para que Portugal seja modelo no acesso de banda larga fixa e o segundo país de maior penetração de banda larga móvel na Europa», diz.
Do ponto de vista financeiro, «a operação permitirá à Oi capitalizar-se e acelerar a redução de seu índice de alavancagem. Apenas dezoito meses após a aquisição da Brasil Telecom, em Janeiro de 2009, a empresa volta a apresentar os mesmos índices de endividamento anteriores ao negócio».
PUB