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Acordo entre PT e Telefónica é «positivo» mas preço da Oi é «exagerado»

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Analistas dizem que venda da Vivo é uma saída satisfatória para vários dos intervenientes do processo

O acordo entre a PT e a Telefónica para a venda da Vivo à espanhola é visto como positivo pelos analistas contactados pela Lusa que, por outro lado, consideram exagerado o valor falado pela entrada da PT na Oi.

Vivo: PT e Telefónica chegam a acordo, acções suspensas

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Para os analistas contactados pela Lusa, esta é uma saída satisfatória para vários dos intervenientes do processo.

O BPI considera que o impacto do acordo é «positivo», embora afirme que, no caso da Oi, a PT vai pagar um «valor elevado por uma posição minoritária sem controlo accionista ou com controlo partilhado».

De acordo com as notícias, os donos da Tele Norte, que operam a marca Oi, deverão manter o controlo da maior operadora de telecomunicações brasileira.

«Segundo os nossos cálculos, a posição que a PT está a adquirir vale 1,2 mil milhões de euros em valor de mercado, o que implica um prémio de 2,5 mil milhões de euros», acrescenta o BPI na nota hoje enviada aos investidores.

Posição semelhante tem a Kepler Capital Markets

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Para a casa de investimento, «a aquisição de uma participação no Brasil, provavelmente a Oi, é a única solução aceitável», mas já o valor falado para o negócio está acima dos preços de mercado.

Se 50 por cento das receitas da venda da Vivo são usadas para pagar 25 por cento da Oi isto significa, para os analistas da Kepler Capital Markets, um «prémio 165 por cento acima do valor de mercado».

A PT irá pagar mais 12 euros por acção quando «o valor justos seria 10 euros», consideram.

O Deutsche Bank considera «razoável» a solução encontrada pelas operadoras ibéricas para o processo que se arrastava desde Maio, uma vez que o caminho que estavam a seguir era «destruidor para ambas as partes».

Os analistas do banco alemão consideram que este negócio tanto convém aos investidores assim como ao Governo português, que «mantém a exposição (da PT) no Brasil».

O mesmo argumento é usado pelo o Barclays Wealth para justificar a sua opinião de que o executivo liderado por José Sócrates não deverá opor-se ao negócio.

«Caso compre uma posição na Oi significa que a PT vai continuar a sua exposição a um mercado em crescimento que é o Brasil, o que deverá ajudar a uma mudança da visão do Governo quanto ao negócio», considerou a analista Amanda Purton, para quem "o negócio só será anunciado se o Governo estiver de acordo».

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