As bolsas europeias abriram a semana em forte queda, penalizadas por duas notícias que reacenderam os receios em torno da crise da dívida na Zona Euro: por um lado, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, ameaçou demitir-se; por outro, a Grécia estendeu o prazo da sua operação de recompra de dívida.
A ameaça de demissão de Monti, feita no fim-de-semana, após Silvio Berlusconi ter retirado o apoio do seu partido ao Governo de coligação, deixou os investidores preocupados com os efeitos da instabilidade política, caso a Itália tenha de ir a eleições na primeira metade de 2013.
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Já no caso da Grécia, a operação de recompra de dívida, lançada na passada segunda-feira e com término marcado para sexta-feira da semana passada, acabou por ser prolongada até às 12:00 horas de amanhã. A notícia, apesar de fonte do Governo de Atenas ter dito às agências internacionais que o país está perto de atingir a meta a que se propunha com a operação, levou os investidores a temerem que a mesma não esteja a correr assim tão bem.
O objetivo da Grécia é despender 10 mil milhões de euros para, aproveitando a desvalorização das obrigações, retirar 30 mil milhões de euros do mercado, reduzindo o stock.
As praças da Europa deixaram para trás os máximos de 18 meses que registaram na semana passada e Milão regista a maior queda, de 2,94%, seguindo-se as outras praças periféricas: Madrid, a cair 1,92%, e Lisboa, onde o PSI20 desliza 0,8% para 5.392,86 pontos.
Cá dentro, as empresas de maior peso seguem todas em queda. Na banca, o BES afunda 2,75% para 81 cêntimos, com o BCP a perder 1,37% para 7,2 cêntimos, e o BPI a ceder 0,59% para 85 cêntimos.
Na energia, a EDP desliza 1,38% para 2,08 euros, com a sua subsidiária EDP Renováveis a perder 2,44% para 3,88 euros, e com a Galp em baixa de 0,51% para 11,69 euros.
Nas comunicações, a PT, embora com uma queda mais ligeira, também contribui para o cenário negativo: as ações cedem 0,28% para 3,58 euros.
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