Os fortes ganhos das duas primeiras sessões do ano não podiam durar para sempre. Ao terceiro dia, as bolsas europeias começaram a corrigir. Em Lisboa, o PSI20 caiu 0,68% para 7.728,42 pontos.
Uma das maiores correcções do dia coube à empresa que maiores ganhos acumulou em 2010 e nos primeiros dias de 2011: a Jerónimo Martins. Depois de uma valorização de 4% na segunda-feira e outra de 3% na terça, impulsionadas por uma recomendação de compra e por um preço alvo de 14 euros, as acções da retalhista recuaram 2% para 11,99 euros. Na terça-feira, a dona do Pingo Doce chegou a ultrapassar a PT em capitalização bolsista, tornando-se na terceira maior cotada do índice.
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Quem também corrigiu foi a PT, que deslizou 1,97% para 8,41 euros.
O dia também não foi grande coisa para o sector petrolífero, que esteve em queda um pouco por toda a Europa. O preço do crude está em mínimos de duas semanas, depois do pico de 96 dólares atingido no início da semana, devido à valorização do dólar e à queda do consumo de gasolina nos EUA. A Galp caiu 1,35% para 14,61 euros.
Na banca, o dia também não correu bem. O Estado português pagou juros recorde no primeiro leilão de dívida pública. O BPI cedeu 1% para 1,38 euros, o BES 0,97% para 2,85 euros e o BCP 0,34% para 59 cêntimos.
No verde, foram poucas as notas de peso. Os ganhos foram liderados pelo grupo EDP. A casa mãe ganhou 1,3% para 2,58 euros e a subsidiária para as renováveis 2,12% para 4,53 euros.
Lá por fora, o dia também foi de correcção para as praças europeias, à excepção de Londres, que acumulou uma subida de 0,5%. A bolsa francesa deslizou 0,29%, a alemã 0,57% e a espanhola 0,88%.
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Nos EUA, tudo indicava que o dia também seria sombrio. Ontem foram conhecidas as minutas da última reunião da Reserva Federal, onde o banco central concluía que a economia norte-americana continua a precisar de estímulos, como o seu programa de compra de dívida.
Mas, ao início da tarde de Lisboa foram conhecidos alguns dados económicos positivos nos EUA, que deram a volta ao resultado dos mercados. As empresas norte-americanas contrataram quase 300 mil pessoas em Dezembro, um valor que supera as estimativas mais optimistas dos analistas. Para além disso, o sector dos serviços dos EUA cresceu ao ritmo mais elevado desde 2006.
O Dow Jones ganha agora 0,32% e o Nasdaq 0,74%.
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