O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), António de Sousa, disse esta quinta-feira que o uso da «golden-share» para vetar o negócio da Vivo deverá ter impactos negativos na imagem de Portugal junto dos investidores.
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Uso de golden share foi «manifestação de nacionalismo»
«Penso que os investidores não vão ficar agradados com a situação», disse à Lisa António de Sousa.
«Em termos directos de impacto da imagem do país junto dos investidores internacionais, muito provavelmente, não é positiva», acrescentou o líder da associação empresarial que representa a quase totalidade dos bancos portugueses e das instituições estrangeiras com actividade em Portugal.
António de Sousa comentava, assim, o uso pelo Estado português da «golden-share» na Portugal Telecom para impedir a venda à espanhola Telefónica da participação portuguesa na Vivo, apesar dos accionistas terem aprovado, por 74 por cento, a venda.
Telefónica estende oferta sobre Vivo até 16 de Julho
Após a reunião magna da operadora portuguesa, o presidente do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, disse que votou a favor da proposta da Telefónica, adiantando que a utilização da «golden-share» para impedir o negócio «pode ser prejudicial para a imagem de Portugal no exterior».
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