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Bancos sem instruções para deixarem de comprar dívida

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Entidades bancárias portuguesas não receberam «quaisquer orientações» nem do Banco de Portugal nem do Banco Central Europeu no sentido de recusarem adquirir dívida pública nacional

A Associação Portuguesa de Bancos esclareceu que as entidades bancárias portuguesas não receberam «quaisquer orientações» nem do Banco de Portugal nem do Banco Central Europeu no sentido de recusarem adquirir dívida pública nacional.

«Não existiram quaisquer orientações do Banco de Portugal nem, obviamente, do BCE no sentido de a banca portuguesa não continuar a adquirir dívida pública nacional. O que existiu foi uma orientação clara no sentido de desalavancagem da banca e de diminuição da sua grande exposição face ao BCE, que tem sido muito negativamente comentada pelos analistas financeiros», indicou em comunicado a associação que representa os bancos portugueses.

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Questionada pela Lusa sobre quem deu a «orientação clara no sentido da desalavancagem», fonte oficial da associação disse que foi o Banco de Portugal, acrescentando que esta é a única entidade que é interlocutora dos bancos portugueses nestas questões.

O esclarecimento da APB surge dois dias depois de o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, ter negado quaisquer pressões sobre os bancos portugueses para estes diminuírem a elevada exposição ao Estado e empresas públicas.

«Não forçámos os bancos portugueses a fazer nada», disse Trichet na sexta-feira, em resposta a uma entrevista do presidente da Associação Portuguesa de Bancos, António de Sousa, à Reuters, na qual terá dito que o BCE deu «instruções claras» aos bancos nesse sentido.

Na entrevista, António de Sousa afirmou que «a banca não queria criar um problema imediato ao Estado, mas foi avisando que o modelo não podia continuar porque era exactamente isso que lhes estava a ser dito pelo Banco de Portugal e pelo BCE».

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