A bolsa nacional fechou a semana com o pé esquerdo. A pesar ficaram os títulos ligados à banca e à energia. O PSI20 caiu 0,37 por cento para 5.572,17.
Lisboa não conseguiu acompanhar o andamento das restantes pares europeias, que bateram máximos de oito meses. No Velho Continente, os ganhos começaram nos 0,19% de Frankfurt e estenderam-se até aos 0,71% de Madrid, depois de uma semana favorável em termos de dados económicos vindos do outro lado do atlântico.
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Esta sexta-feira foi marcada por 3 dados importantes nos EUA: produção industrial, inflação e confiança dos consumidores.
Por um lado, a produção industrial - na região de Nova Iorque - subiu inesperadamente em Março, no maior avanço desde Junho de 2010. Mas por outro, houve uma descida inesperada da confiança dos consumidores, nos EUA, já em Março.
Além disso, o departamento do Trabalho norte-americano anunciou que o índice de preços no consumidor (IPC) aumentou 0,4% em Fevereiro, face ao mês anterior. Tratou-se da maior subida do índice de preços nos últimos 10 meses.
Em Lisboa, a banca castigou. O Banif derrapou 6,09% para 0,293 euros, antes de abandonar o PSI20. Foi a última sessão em que o título negociou com presença no índice de referência, dando agora lugar ao Espírito Santo Financial Group.
O BES perdeu 2,75% para 1,450 euros, depois de o Espírito Santo Financial Group (ESFG) - que controla o BES - ter anunciado os resultados de 2011, onde registou uma quebra de 11% no lucro para 121,4 milhões de euros no ano passado. O mercado especula que o BES precise de um aumento de capital para reforçar o rácio «core tier 1», tal como a sua casa mãe, o Espírito Santo Financial Group.
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Ainda no sector, o BPI recuou 1,33% para 0,516 euros e o BCP escorregou 1,27% para 0,155 euros.
Do lado da energia, a EDP cedeu 2,28% para 2,182 euros, num sentimento de tomada se mais-valias, no dia em que o Deutsche Bank reiniciou a cobertura da empresa com uma recomendação de «manter».
Também a Galp deslizou 0,7% para 13,305 euros. A petrolífera tem sido pressionada por algumas descidas de recomendação por parte de casas de investimento.
Entre os pesos pesados, nota ainda para a Portugal Telecom (PT) que tombou 0,49% para 3,861 euros. A operadora continua abaixo da fasquia dos 4 euros e o mercado questiona se a portuguesa terá capacidade para manter o atual nível de dividendos, numa altura em que outras empresas de telecomunicações na Europa já anunciaram que vão reduzir.
A travar maiores quedas esteve a Jerónimo Martins. A retalhista ganhou 1,16% para 14,355 euros, depois de ter anunciado que vai propor o regresso de António Borges para o seu conselho de administração na próxima assembleia-geral de acionistas.
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