O banco de investimento Morgan Stanley adquiriu na semana passada 31,4 milhões de títulos do Banco Espírito Santo (BES), numa operação fora de bolsa que lhe permitiu passar a contar com uma participação qualificada de 2,11%.
Esta aquisição feita pela entidade norte-americana resulta de «transações executadas fora de balcão no dia 05 de novembro de 2014», lê-se no comunicado enviado pelo BES à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), segundo a Lusa.
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Após a compra deste lote de ações, o Morgan Stanley, através de várias entidades que controla, passou a deter 118,5 milhões de ações do BES, correspondentes a 2,11% dos direitos de voto e capital social do banco que foi intervencionado pelo Banco de Portugal (BdP) no início de agosto.
A gestora da bolsa portuguesa, a Euronext Lisboa, retirou as ações do BES do PSI20, o principal índice da bolsa de Lisboa, a 11 de agosto, a um preço de zero euros por ação.
Isto, depois de a CMVM ter suspendido a negociação das ações do BES a 01 de agosto, quando cotavam no mínimo histórico de 0,105 euros.
Desde então, os títulos do BES nunca mais voltaram a ser negociados no mercado regulamentado, até porque, dois dias depois desta suspensão, o BdP aplicou uma medida de resolução sobre o banco que era o principal ativo do Grupo Espírito Santo (GES).
A 03 de agosto, o BdP tomou o controlo do BES, após o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades.
No chamado banco mau (bad bank), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas, enquanto no 'banco bom', o banco de transição que foi designado Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
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