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Biocombustíveis: parceria Galp/Petrobrás só depende de fiscalidade

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Empresas já fizeram estudos e aguardam para saber as definições da carga fiscal e limites da procura nacional

Está tudo a postos. A Galp e a Petrobrás estão agora preparadas para avançar com o investimento de 357 milhões numa parceria para a produção e comercialização de biocombustíveis, depois do memorando de entendimento assinado em Maio de 2007. No entanto, para que a produção, já em curso no Brasil, avance em Portugal a partir de 2015, é preciso esclarecer a carga fiscal e os limites da procura nacional. Metas e condições essas que deverão ser conhecidas amanhã, no encontro entre o primeiro-ministro José Sócrates e o presidente do Brasil Lula da Silva.

«As empresas concluíram estudos económicos de implementação do projecto e estamos a depender dos apoios fiscais dos nossos países que vão completar a equação económica do projecto», disse o presidente da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rossetto.

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Já o presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, adianta que as duas empresas, amanhã, vão assinar um memorando de cooperação para aprofundar ainda mais a parceria que já têm nos biocombustíveis.

De referir que o, para já, intitulado Projecto Belém prevê a produção de 260 mil toneladas de biodiesel de segunda geração (Biodiesel 2G). Metade do volume será produzida em Portugal e a outra metade em local a ser definido, com o objectivo de comercialização na Europa e com prioridade para o mercado ibérico.

Esta joint-venture será assim dividida em iguais partes (50-50%). Para este objectivo, a Petrobrás tem já está no terreno em Belém do Pará, no Brasil, onde serão criados um total de 5 mil empregos directos. Em Portugal, a unidade a ser construída, para já, apenas em Sines, vai implicar um investimento de 250 milhões de euros e a criação de 40 postos de trabalho e outros 500 durante a fase de construção.

«Estamos preparados para iniciar iniciar a produção em Portugal no início de 2015», avançou Ferreira de Oliveira.

Ainda assim, questionado sobre se a crise poderia impedir o Governo de dar benefícios fiscais e assim inviabilizar o projecto, o responsável respondeu: «Se tivermos a percepção de que não conseguimos, somos mais lentos no investimento», sem adiantar o montante total em causa.

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