A bolsa de Lisboa continua em derrapagem profunda, depois da terça-feira negra de ontem, em consequência do corte de rating da dívida portuguesa. No entanto, a queda já abranda, permitindo aos títulos recuperar dos mínimos desta manhã.
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Isto significa que Portugal tem agora menos condições de pedir mais crédito e o sinal dado aos investidores é que somos um país onde é arriscado investir. Aliás, isso é sinal claro hoje, com muitos investidores a abandonar a praça lisboeta.
O PSI20 desliza 4,10% para os 6.858,84 pontos, com todos os títulos no vermelho, com fortes perdas.
O sector financeiro é mais uma vez o mais penalizado, até porque é o primeiro a ser sacrificado com um corte de rating. Além disso, o corte de rating da S&P alastrou-se também aos cinco maiores bancos portugueses e o BCP foi considerado mesmo o elo mais fraco. Desta forma, os títulos do banco de Santos Ferreira é o que mais perde ao afundar 7,60% para os 0,62 euros, o BES cai 5,86% para os 3,05 euros e o BPI recua 2,99% para os 1,62 euros.
Atrás vai o sector das telecomunicações, a Sonaecom desvaloriza 6,73% para os 1,22 euros e a ZON cai 4,90% para os 3,18 euros.
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Já Portugal Telecom está entre menores quedas ao recuar 3,44% para os 7,21 euros e a EDP perde 2,89% para os 2,55 euros.
Nota para a JM que nem com os resultados se anima. A acção cai 6,15% para os 7 euros, depois de apresentar lucros que cresceram 30% para os 42,3 milhões de euros no primeiro trimestre e que desapontaram os analistas.
As principais praças europeias partilham o pessimismo, mas obviamente em menor grau. As desvalorizações estão entre 1,72 (DAX) a 3,20% (IBEX 35).
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Nos EUA, a abertura deverá ser em queda ligeira, depois da queda forte de ontem, com os receios de que a crise da dívida abrande a recuperação mundial
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