Já fez LIKE no TVI Notícias?

Bolsas instáveis em dia de más notícias na dívida

Relacionados

Madrid em alta a contrariar novo recorde nos juros, Milão indecisa com novo leilão mais caro

As bolsas europeias estão instáveis e oscilaram entre ganhos e perdas durante a manhã, embora a meio da sessão, o pêndulo incline mais para o vermelho.

Consequências ainda do corte de rating de três níveis, anunciado ontem pela Moody's para a dívida espanhola, que é agora quase lixo, e que fez com que os juros das obrigações a 10 anos do país vizinho atingissem hoje o valor histórico de 7% no mercado secundário.

PUB

Sinais de que os investidores não acreditem que a Espanha consiga evitar um resgate internacional. Aliás, ainda ontem a agência Reuters publicava uma sondagem segundo a qual a maioria dos economistas acreditava que o Estado espanhol (e não só a banca) precisará em breve de ajuda externa.

Curiosamente, Madrid acaba por ser praticamente exceção numa Europa predominantemente vermelha, e sobe 0,47%. A Reuters avança também que, apesar do valor de 100 mil milhões de euros já acordado, de acordo com as auditorias independentes encomendadas pelo Governo espanhol ao setor bancário, cujos resultados devem ser conhecidos na segunda quinzena deste mês, este deverá necessitar de apenas 60 a 70 mil milhões de euros.

Instável tem estado também a bolsa italiana. Milão desce uns ligeiros 0,02%, depois de mais um leilão de dívida, em que Roma colocou 4,5 mil milhões de euros, o valor esperado, a 3, 7 e 8 anos. No prazo a três anos, que está a concentrar as atenções dos mercados, o país colocou 3 mil milhões de euros, mas os juros dispararam novamente, para 5,3%.

PUB

As restantes praças continuam no vermelho, lideradas pela Alemanha, que cai 0,87%, no dia em que a chanceler Angela Merkel deixou um aviso sério aos parceiros europeus: a Alemanha não pode continuar a ajudar todos os países indefinidamente, uma vez que também a sua capacidade é limitada.

Em Lisboa, o PSI20 anulou as perdas da manhã, à boleia da instabilidade europeia, e sobe 0,06% para 4.411,44 pontos.

O mérito cabe sobretudo à PT, em alta de 1,52% para 3,21 euros, mas também a dois bancos: o BCP, que ganha 1,12% para 9 cêntimos, e o BPI, a avançar 1,15% para 44 cêntimos. O BES, pelo contrário, cai 0,6% para 50 cêntimos por ação.

A pressionar continua também o setor da energia, que mantém o pessimismo das últimas sessões. A EDP recua 0,77% para 1,68 euros, e a Galp cai 1,1% para 8,54 euros.

PUB

Relacionados

Últimas