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Bolsas lesionadas com travagem a fundo do PIB alemão

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Banca e energia pressionam Lisboa

As bolsas europeias abriram esta terça-feira em queda, pressionadas pela forte desaceleração da economia alemã.

O Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia do euro cresceu 0,1% no 2º trimestre, muito abaixo dos 0,5% esperados. O valor representa, além do mais, uma travagem a fundo face ao crescimento obtido nos primeiros três meses do ano (1,3%) o que, a juntar à estagnação da economia francesa e à desaceleração da economia espanhola, que cresceu apenas 0,2% entre Abril e Junho, vem renovar os receios de que a Zona Euro e a própria economia global possam estar a caminhar para uma nova recessão. Os EUA têm já 30% de hipóteses de entrarem em contracção económica e no bloco do euro o clima é de tensão crescente: a maioria dos alemães, por exemplo, quer que a Grécia saia do euro.

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Entretanto, esta terça-feira o Eurostat divulga a evolução do PIB da Zona Euro no segundo trimestre, e espera-se um crescimento de 0,3%, abaixo dos 0,8% registados entre Janeiro e Março.

O dia vai ser também marcado por uma reunião entre a chanceler alemã Angela Merkel e o Presidente francês Nicolas Sarkozy, numa altura em que Berlim e Paris continuam a resistir à ideia da criação de «Eurobonds» (o mesmo é dizer que são contra a emissão de títulos de dívida europeia).

Na Alemanha o DAX cai 1,06%, mas as quedas na Europa, que segue toda em terreno negativo, são lideradas pelo CAC francês, em baixa de 1,49%.

Em Lisboa, o PSI20 acompanha a tendência, caindo 0,85% para 6.276,56 pontos, com a banca, mais uma vez, em destaque pela negativa. O peso pesado BCP recua 1,45% para 27 cêntimos. O banco vai arrancar com negociações com vista à venda da sua posição no polaco Millennium bank, avaliada em 800 milhões de euros.

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No mesmo sector, o BPI cai1,08% para 83 cêntimos e o BES recua 0,87% para 2,28 euros.

Na energia, as notícias não são melhores. A EDP desliza 1,58% para 2,18 euros, com a Galp a desvalorizar-se uns ligeiros 0,07% para 13,84 euros.

Nas comunicações, a PT também recua 0,15% para 5,97 euros, depois de ontem o Goldman Sachs ter cortado o preço alvo das suas acções em 60 cêntimos.

Merecem ainda destaque as quedas da Brisa e da Jerónimo Martins. A concessionária desce 1,63% para 2,66 euros e a retalhista baixa 1,43% para 13,47 euros.

Ontem os mercados norte-americanos fecharam em forte alta, animados pelas notícias de aquisições, com destaque para a compra da unidade de telemóveis da Motorola pela Google. O Dow Jones subiu 1,9% e o Nasdaq avançou 1,47%. Efeitos positivos que se estenderam às praças asiáticas, que fecharam esta manhã em alta, animadas precisamente pelas tecnológicas.

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