Em 2010, o mercado imobiliário de luxo registou quedas entre os 10% e os 15%, tanto no número de transacções concluídas, como nos valores médios das vendas, revela o estudo elaborado pela consultora Prime Yield e pela imobiliária Fine & Country.
De acordo com este estudo, «o mercado de resorts turísticos de luxo apresentou, à semelhança do mercado imobiliário, uma tendência generalizada de contracção, influenciada pelas condições económicas e financeiras adversas e pelas crescentes restrições de acesso ao crédito, quer a nível nacional, quer internacional».
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Segundo o The Luxury Tourist Resort Property Market, assim se chama o estudo citado pela agância Lusa, «diversos projectos em carteira acabaram por ser reavaliados e as decisões de avançar com a promoção congeladas».
Os promotores apresentaram uma postura mais cautelosa e reformularam os seus investimentos «de forma a adequarem os produtos à nova realidade económica e a um consumidor mais cauteloso e constrangido em termos de recursos financeiros».
Apesar do arrefecimento do mercado, o estudo ressalva que «os preços do imobiliário mantiveram-se consolidados no Triângulo Dourado formado por Vale do Lobo, Quinta do Lago e Almancil», a zona de resorts mais cara de Portugal.
O director da Fine & Country, Alberto Pinheiro, considera que «2010 e os primeiros meses de 2011 confirmaram a tendência que começou a revelar-se em 2009, marcada pelo abrandamento do volume de oferta em construção» e por uma abordagem mais cautelosa aos projectos em fase de planeamento.
Por sua vez, o director da Prime Yield em Portugal e especialista em avaliação imobiliária, José Velez, realçou que, devido não só às suas características e vantagens naturais, mas também à qualidade de construção e design, «Portugal tem um mercado de imobiliário de resorts especialmente resistente».
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