Foi um dia negro nas bolsas. A Europa fechou com quedas superiores a 3,5%, Lisboa seguiu-lhe o caminho de perto: o PSI20 perdeu 2,66% para 5.490,71 pontos. A culpa é da incerteza em relação ao crescimento da economia global e da reestruturação da dívida grega.
Os índices europeus registaram perdas entre 1,86% de Londres e 3,58% de Paris. Renovaram, inclusive, mínimos de um mês.
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Os investidores mostram que temem o falhanço do plano de troca de obrigações gregas, cujo prazo termina quinta-feira. Até agora, só 20% dos credores privados aderiram. Mas para que o plano avance, seria preciso que cerca de 70% dos credores aderisse.
Sem o perdão da dívida, pode estar comprometida a aprovação do segundo resgate à Grécia pela Zona Euro, sendo que o país arrisca-se a entrar em incumprimento dia 20, quando vencem 14,5 mil milhões de euros de dívida pública.
A ajudar ao pessimismo esteve também o anúncio do Eurostat, que confirmou esta terça-feira que o PIB da Zona Euro caiu 0,3%, no quarto trimestre do ano passado, face ao trimestre anterior, o que coloca a Europa em contração económica pela primeira vez desde 2009.
O facto de a China ter ontem revisto em baixa os números do crescimento económico acabou por também ter algum impacto neste desfecho.
Em Lisboa, todas as 20 empresas cotadas fecharam em baixa. A banca foi o sector que mais pressão evidenciou.
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O Banif afundou 3,92% para 0,318 euros, o BES desceu 3,47% para 1,528 euros e o BPI e BCP caíram 2,55% e 2,38%, respetivamente.
Do lado da energia, a Galp caiu 3,54% para 12,665 euros, mesmo depois de ter anunciado, no âmbito do seu dia do investidor, que pretende aumentar o dividendo a distribuir aos acionistas 20% ao ano até 2016. Ainda no sector, a EDP recuou 1,93% para 2,233 euros.
A Brisa, a Jerónimo Martins e a Sonaecom - que apresentam amanhã as suas contas de 2011- tombaram 3,61%, 3,2% e 1,87%, respetivamente.
Nem a Portugal Telecom (PT) escapou: a operadora tombou 1,7% para 3,874 euros.
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